Mobile payment transforma o ambiente bancário

Autor: Javier Lopéz Bartolomé
Cada vez mais precisamos compreender os desejos do cliente final. Esse novo consumidor que os americanos chamam ´ubiquiti consumer´, ou seja, aquele que conduz a relação com seus fornecedores de produtos financeiros. Eles querem decidir onde a relação começa e onde termina. Hoje, tanto no segmento financeiro como no de varejo, os consumidores querem iniciar a transação num ponto e terminar no outro.  Haja vista o crescimento das transações móveis, o mobile payment e as compras online.
Por isso é necessário se adaptar as estes desejos do consumidor e criar condições para satisfazê-los, o que ocorre por meio da integração das soluções numa plataforma de software. Um modelo de relacionamento em que as operações possam ser alavancadas e haja o desenvolvimento de outros serviços para atender a crescente tendência de mobilidade. As agências bancárias têm de se adaptar a esse novo perfil, com uma equipe que possa dar orientações e apta para fazer transações.
Na América Latina temos mais celulares por pessoa do que na Europa. E no Brasil a utilização de smartphones tem crescido. Isso significa que temos de aproveitar esse investimento dos clientes e buscar novas formas de nos relacionar com eles. As pessoas ainda utilizam o dinheiro como meio de pagamento e por isso continuam indo diretamente ao caixa, porém, há um processo de mudança em andamento. Dessa forma, quem fornece soluções tecnológicas visualiza um ambiente propício ao crescimento.
A mobilidade das transações financeiras precisa estar aliada ao crescente investimento em segurança lógica. Hoje a tecnologia já consegue desenvolver terminais que permite ao usuário decidir se quer pagar com cartão, com cartão chip, com NFC (Near Field Comunication), com porta-moeda eletrônico ou com bitcoin. É o consumidor quem decidirá como será realizado o pagamento. No mundo, grandes empresas estão optando por soluções capazes de oferecer estes serviços aos seus clientes. Os postos de gasolina da Shell, na Alemanha, possuem um sistema onde o dinheiro que entra nas lojas já está automatizado, sem que haja a necessidade de um funcionário estar envolvido na operação.
Buscar soluções globais que atendam as necessidades dos clientes financeiros, agregando cada vez mais novas funcionalidades e com retorno rápido do investimento. Este é o cenário atual. O modelo utilizado no passado, quando se contratava milhares de pessoas para desenvolver soluções que só poderiam ser instaladas de uma vez e cuja manutenção custava mais do que o investimento inicial, é algo obsoleto.
 Javier Lopéz Bartolomé é vice-presidente para Américas e Iberia do Grupo Wincor Nixdorf.

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