Até o final do ano, a maior parte dos varejistas on-line deve priorizar o ambiente mobile em vez do desktop. Ao mesmo tempo, consumidores passarão a ter mais confiança em realizar compras de maior valor agregado por meio dos smartphones. Além disso, a modalidade de Paid Search deve despontar como canal-chave para conquistar clientes. É o que revela o relatório Digital Commerce & Marketing Outlook 2017 da Criteo. O estudo analisou as propensões do mercado e da própria base da empresa, que conta com mais de 13 mil empresas e 17 mil publishers pelo mundo, para apontar as principais tendências para os setores de e-commerce e de marketing digital em 2017.
“No ano passado, acertamos em cheio algumas previsões como, por exemplo, o aumento das jornadas de compra multi-device, a maior influência da web nas aquisições off-line, entre outras. Nosso objetivo é fomentar o mercado com informações relevantes e estratégicas, além de aprimorar os nossos próprios produtos para atender às novas realidades”, explica Fernando Tassinari, diretor da Criteo no Brasil.
O QUE VAI MUDAR EM 2017
– Consumidores farão compras de alto valor agregado por dispositivos móveis. No ano passado, o desktop liderou essas vendas, mas em 2017, os consumidores se sentirão igualmente confortáveis para realizar esse tipo de compra por smartphone. Já no segundo semestre de 2016, o tíquete médio de pedidos feitos via aplicativos móveis foi 27% maior em relação aos feitos em computadores. No mesmo período, as vendas realizadas com o uso de browsers em celulares foi apenas 9% menor se comparadas às feitas via desktop.
– Em 2017, os varejistas devem investir mais em anúncios no formato do Google Shopping, também conhecidos como Product Listing Ads (ou PLAs, na sigla em inglês), e expandir os mecanismos de pesquisa para melhorar a descoberta e a conversão de clientes. À medida que o formato Paid Searchse torna mais competitivo e os anunciantes ficam mais sofisticados com recursos de segmentação e atribuição, os canais de alto investimento trarão os melhores resultados.
– Este ano, a mídia programática será usada não apenas para comprar anúncios em vídeo, mas também para automatizar a criação e otimização das peças. Milhares de variações de anúncios em vídeo geradas dinamicamente permitirão que os profissionais de marketing executem campanhas altamente segmentadas, personalizadas para cada indivíduo.
– Cada vez mais, as marcas vão exigir medidas precisas e imparciais de ROI para mensurar os grandes montantes de dinheiro que direcionam aos varejistas. Os orçamentos de venda e marketing dos fabricantes devem convergir à medida que os consumidores se tornem mais identificáveis em plataformas e mídias. A competição pelas verbas aumentará conforme as estimativas se aproximem dos objetivos de branding e desempenho.
– O mercado ocidental vai priorizar o mobile no lugar do desktop. Varejistas que são líderes e possuem maturidade na web móvel já percebem 39% a mais de conversões se comparados aos que ainda não estão nesse ambiente. Atualmente, a Ásia (especialmente a China) é líder mundial em participação de vendas móveis, além de guiar em inovação no segmento, fornecendo uma experiência muito superior aos usuários.