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Modernidade empresarial

(*) João Gonçalves Filho (Bosco)

A Responsabilidade Social das Empresas, no âmbito dos negócios, nos últimos 10 anos, tem se constituído em um dos focos da empresa lucrativa e competitiva. Como comprovação desta realidade de sucesso muito se tem ocupado a mídia e consultores de empresas na divulgação do que fazem as empresas neste particular.

O Jornal Valor Econômico, anualmente, divulga o elenco de empresas contempladas com o Prêmio Ethos – que tem como objetivo maior reconhecer e divulgar as melhores práticas desenvolvidas por empresas, neste objetivo. A Revista Exame vem, cada vez mais, estimulando ações e programas de responsabilidade social por parte das empresas, a partir de ampla divulgação das ” 100 Melhores empresas para Trabalhar “. Em tal relatório, a redação da Revista Exame procura, acentuadamente, criar uma nova cultura empresarial, evidenciando que o social gera resultados positivos, não sómente no âmbito interno de trabalho, fator relevante e indispensável para o crescimento e desenvolvimento das empresas, como, a comprovação de que tais empresas têm um ” marketing de relacionamento ” com os seus clientes bem mais atraente.

A grande realidade da modernidade empresarial é que, em pouco tempo, a gestão da empresa terá vertentes de avaliação, entre outros ítens, como : balanço social, nível de voluntariado e cidadania empresarial, investimentos sociais, marketing social, e ações outras equivalentes. Para estudiosos do assunto e empresários renomados, o relevante é fazer com que o capital financeiro esteja agregado com resultados sociais.

Como ratificação desta nova cultura empresarial, mercê pesquisa feita pelo IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, concluiu : 67% das empresas ( 300 mil das 450 mil pequenas, médias e grandes empresas ) da Região Sudeste do Brasil têm algum tipo de ação social.

Face à realidade de que as práticas de responsabilidade social emergiram, recentemente, a partir da década de 1990, foram estas alicerçadas ou construídas em torno de experiências, erros, tentativas de acertos, ou seja, a maior parte dos exemplos verificados não estão fundamentadas num referencial prático ou até mesmo científico. Necessitam, assim, de uma fundamentação cultural.

Ante o paradigma imperioso bem definido para uma ” gestão de responsabilidade social da empresa “, estribada em conceitos próprios, é preciso que tal ” ciência ” seja estudada e aprofundada, cada vez mais, para definição de estratégias básicas e definição de parâmetros de planejamento estratégico a serem utilizados pelas empresas.

Para o Profº Édson Sadao Iizuka – Graduado em Administração pela FGV – Fundação Getúlio Vargas – compete, neste contexto, a Universidade Pública e Privada a inclusão, nos seus cursos acadêmicos, de um currículo sedimentado de ensinamentos suficientemente capazes de formar profissionais competentes à nível de colaboradores e executivos, sobretudo, concientizá-los da sua importância em mercados globalizados.

Ainda, para o Profº Édson Sadao, o essencial é formar jovens que saibam as técnicas de como lançar um produto ou serviço no mercado, como avaliar um balanço social, se confrontado ao financeiro, como construir e gerir uma empresa que respeita e estimula os seus colaboradores, gerando um excelente ambiente de trabalho, bem como uma empresa que trata os seus fornecedores e clientes com transparência e correção e, finalmente, uma empresa, que estimula as suas necessidades, através de parcerias com a sociedade organizada ou com os próprios governantes – isto sim é o que entendimentos por ” responsabilidade social “.

*João Gonçalves Filho (Bosco) é Administrador de Consórcio – [email protected]



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