Os líderes corporativos do Brasil mostram-se bastante confiantes com as iniciativas de transformação digital desenvolvidas em suas empresas: 76% deles dizem acreditar que sua companhia está executando com sucesso a estratégia, o que aponta para uma evolução em comparação a anos anteriores, quando os projetos ainda eram encarados com ressalvas pelas lideranças. É o que revela nova pesquisa encomendada pela Wipro Digital e realizada pela Coleman Parkes Research, com 1.400 executivos C-Level de todo o mundo, sendo 200 no Brasil. O estudo revela que, no mercado brasileiro, a maioria dos projetos de transformação digital não é mais vista como desperdício de tempo pelos líderes corporativos.
Além disso, 92% dos entrevistados no Brasil consideram que suas empresas estão alinhadas ao significado de “transformação digital”. Isso corresponde a um aumento em relação a 2017, quando 1 em cada 4 executivos observava que um grande obstáculo ao sucesso era a ausência de uma compreensão compartilhada sobre a definição de “transformação digital”. Essa disparidade sugere que, nos últimos dois anos, os executivos chegaram à conclusão de que a transformação digital se tornou uma exigência para qualquer negócio. Para os executivos corporativos, a pergunta não é mais “se”, “por que” ou “quando” realizar um programa de transformação digital, mas “como” executá-lo com sucesso.
Quando indagados sobre as maiores barreiras ao sucesso de uma transformação, 63% dos entrevistados no Brasil mencionaram custos imprevistos e a localização de recursos adicionais na organização entre suas cinco maiores preocupações; 58% selecionaram o fato de não conseguirem treinar as equipes existentes para mudar a tecnologia ou usar tecnologias, métodos ou processos novos, e 53% indicaram a necessidade de um melhor alinhamento às partes interessadas do negócio. O relatório indicou que, quanto mais tempo uma empresa estiver envolvida em uma jornada de transformação, menor a probabilidade de ela vivenciar problemas relacionados ao pessoal como uma barreira ao sucesso, ao passo que a tecnologia pode se tornar uma barreira maior. A pesquisa aponta que 24% dos executivos com jornadas menores a dois anos mencionam a tecnologia como a maior barreira, em comparação a 32% dos executivos cuja jornada dura dois anos ou mais.
“Os resultados da pesquisa reforçam o fato de que as empresas do Brasil embarcaram em um caminho bem definido de transformação digital. Os líderes corporativos garantiram que suas organizações podem oferecer um retorno sobre o investimento (ROI) em suas iniciativas de transformação digital”, disse Mukund Seetharaman, vice-presidente e diretor regional da Wipro Limited na América Latina. “Usar a tecnologia moderna e alinhar as unidades de negócios às demandas dinâmicas da transformação serão etapas essenciais para o futuro. O agora é o momento ideal para iniciar um programa de transformação digital.”
A pesquisa da Wipro no Brasil também identificou outras descobertas que apresentam uma perspectiva mais detalhada sobre o estado da transformação:
– Nunca é tarde para começar: 84% dos entrevistados brasileiros acreditam que as empresas que começaram suas jornadas de transformação digital mais tarde que as demais ainda têm uma chance de vencer a concorrência em longo prazo.
– O ROI leva cerca de um ano: 29% observaram um retorno comercial mensurável da transformação digital em menos de seis meses; 38% o observaram de seis a doze meses; e 31%, de um a três anos. Apenas 2% disseram que o retorno demorou mais que isso.
– O crescimento é o grande motivador: quando indagados sobre quais os principais acionadores da transformação digital, a maioria dos entrevistados tinha metas relacionadas à geração de crescimento como acesso a novos mercados, aumento das receitas, melhoria da agilidade e da velocidade de lançamento no mercado, bem como redução dos custos.
– Uma inovação modesta ou moderada é predominante: quase 75% dos executivos descrevem a inovação de sua transformação digital como apenas modesta ou moderada. Apenas um em cada cinco executivos diz que pretende ser essencialmente diferente e inovador em seu programa.