Mudança nos hábitos de consumo

A tecnologia já mudou muito os hábitos do cliente no decorrer dos anos. Agora, mais uma vez, as coisas podem mudar drasticamente. A impressão 3D vem ganhando certa notoriedade e já é utilizada em vários setores da indústria. Porém, um dos grandes ganhos que essa tecnologia pode trazer nos próximos anos é a personalização dos produtos. “Aquela atuação de massa como é hoje, na qual você faz um produto só e milhões dele vão para as lojas, tendem a perder espaço. As pessoas vão criar os produtos personalizados. Você verá dez pessoas com dez produtos personalizados. Tudo isso vai demandar um tipo de ação também, você vai ver que estar muito mais próximo dessas pessoas”, destaca Vinicius Dourado, da Imprima 3D.
Nos Estados Unidos, essa tecnologia já vem sendo bastante utilizada na medicina. Mas, Vinicius garante que outras áreas estão aderindo a esse tipo de impressão. “Hoje, temos muita coisa sendo desenvolvida. Na indústria alimentícia, por exemplo, eles estão adaptando para imprimir comida e isso é uma coisa que pode mudar alguns conceitos. Na própria parte de medicina, na qual eles usam essa impressão para análise mais detalhista de parte do corpo humano”, exemplifica Dourado. E se engana quem pensa que o Brasil está atrás de outros países quando o assunto é impressão 3D, pelo menos na opinião de Vinicius. “Estamos no mesmo patamar que os Estados Unidos e a Europa, porque as máquinas são praticamente as mesmas. Vi mudar coisas como o modelo, um detalhe ou outro, mas a tecnologia é praticamente a mesma”, garante.
Na Imprima 3D, grande parte dos clientes são técnicos e não o consumidor final. “Eles ainda não conhecem a parte técnica”, afirma Vinicius. Quando o consumidor comum entender melhor essa tecnologia, poderá ter um serviço ainda inédito. “Por exemplo, desenvolvemos um aplicativo que, integrado na impressora, possibilita ao cliente criar um produto e depois imprimir já no formato 3D, algo que, quando atingir a massa, pode quebrar barreiras”, diz Dourado.
A tendência é que, daqui a alguns anos, essa tecnologia baratear e ganhar espaço entre a população como um todo. “Cinco anos atrás, uma impressora 3D custava mais de R$ 8 mil, isso a mais básica de todas. Hoje, você consegue achar por R$ 4 mil. Quando ela for mais difundida, ficará mais barata”, afirma Dourado.

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