Autor: Marco Basso
O Brasil aproxima-se do final da maior crise econômica de sua história, na qual a falta de confiança e credibilidade acabaram gerando uma imensa onda de negativismo. Falta de coragem e comprometimento dos brasileiros é, infelizmente, o que podemos ver como legado deste longo período que nos assombra desde 2008. A instabilidade atual é tanta que as pessoas já não se arriscam mais a dizer quando e como iremos nos livrar dela.
Mas é exatamente esta sensação e falta de confiança que devemos combater e impedir que continuem permeando nossas decisões. Até quando iremos deixar essa onda de medos e insatisfações tomarem conta de nossas empresas? E tudo o que fizemos de bom neste meio tempo? Será que não devemos nos apegar aos nossos feitos positivos para continuarmos em frente? O profissional brasileiro tem um péssimo costume de desvalorizar suas realizações e, pior, super valorizar as dos outros. Mais inteligente seria equilibrar as duas.
Vale lembrar que nosso País sempre foi caracterizado por ciclos que alternaram bons e maus resultados e agora está mais do que na hora de reestabelecermos o fôlego, buscando implantar uma injeção de animo e confiança no dia a dia das empresas e instituições. É papel imperioso das lideranças, sejam elas empresários, presidentes de entidades, tomar para si essa responsabilidade.
Os brasileiros nunca se enxergam como os melhores e mais eficientes, porém outros países e povos o fazem. Mesmo quando não são. Talvez o brasileiro necessite mesmo é de um bom espelho para melhorar a sua autoestima, tão massacrada pelo cenário politico e econômico do País nos últimos tempos.
Apenas a título de exemplo, no ambiente corporativo atual, um pensamento moderno que vem se espalhando entre os executivos, trazido pelas empresas de tecnologia e start ups, diz basicamente o seguinte: “O feito é melhor que o perfeito”. Isso quer dizer que a busca pela perfeição poderá demorar e talvez nem acontecer, por outro lado fazer e, mesmo que tenhamos que aperfeiçoar ou refazer, já estará feito. Então, façamos.
Marco Basso é presidente da Informa Exhibitions.