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Mudanças no mercado de cartões de crédito

O setor de cartões de crédito vem crescendo a taxas superiores a 20% ao ano. A expansão da base de clientes foi, até agora, estruturada na estratégia de compra passiva, uma vez que a grande maioria dos possuidores de plásticos obteve o produto na instituição financeira em que mantém conta corrente. O cenário atual mostra que essa estratégia chegou ao limite e que a tendência é o comportamento de compra ativa. Daqui para frente, o maior desafio dos bancos e emissores de cartões de crédito é desenvolver um portifólio de produtos e serviços que contemple também os desejos, as aspirações e o modo de vida do novo consumidor.
Um estudo concluído em abril de 2007 pela TNS InterScience, empresa de pesquisas Ad-Hoc, revela o perfil e preferências das novas gerações de consumidores de cartões de crédito. O levantamento, realizado na cidade de São Paulo, junto a 600 pessoas bancarizadas e possuidoras de cartão de crédito, identifica o perfil e o comportamento dos future shapers, pessoas receptivas a novidades, fortemente envolvidas com determinadas categorias de consumo, propensas a trocar experiências sobre o que compram e que, de certa forma, ainda “trabalham” a favor das marcas que usam, divulgando-as em seus círculos sociais. Em função dessas características, os future shapers podem ser grandes aliados das empresas em processos de testes e avaliação de novos conceitos de produtos e serviços.
Segundo Helena Marinho, gerente de atendimento da TNS InterScience, a maior parcela dos future shapers de cartão de crédito são homens (64%) e a maioria (54%) já possui mais que um plástico. Eles discutem no trabalho e no seu convívio social o uso e as vantagens oferecidas por seu cartão de crédito (87%); demonstram interesse em trocá-lo, caso recebam uma proposta mais autêntica/inovadora (80%) e principalmente estão dispostos a pagar mais por serviços que os auxiliem a economizar tempo (81%).
Além de mostrar a diferença entre o comportamento dos future shapers e de outros perfis de consumidores, o estudo da TNS InterScience aponta qual o modelo de plástico que esse usuário gostaria de adquirir. “Os modelos de cartões voltados para benefícios funcionais (taxa de juros, limite de crédito, milhagem, etc.) e crédito em dinheiro na fatura ao final do mês são conceitos vencedores, mas a próxima aposta são os produtos ligados a estilos de vida”, antecipa a gerente.
A pesquisa sinaliza, ainda, que as instituições financeiras devem compor um portfólio de produtos baseado em três frentes estratégicas: cartões de crédito com benefícios funcionais para garantir e maximizar os lucros hoje (como, por exemplo, o que oferece crédito em dinheiro na fatura ao final do mês); ofertas de cartões vinculados a estilos de vida para garantir o mercado futuro (cartão de crédito “cultural”, desenhado para pessoas que queiram ter vantagens nessa área); e, por último, novos formatos de serviços que atualmente já atendem a alguns segmentos de consumidores, mas que apresentam grande potencial futuro (o gerenciador de gastos, que auxilia a controlar despesas). “Esses modelos são os que apresentam maior potencial de aceitação futura”, conclui Helena.

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