No I Fórum de Escrituração Digital – Impactos do Sped no Mercado, realizado no dia 08 de agosto, em São Paulo , a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) foi caracterizada como o principal fator que pode influenciar na competitividade da cadeia produtiva das empresas. Segundo Guilherme Holland, diretor Comercial da BoldCron, a concorrência hoje não é exercida apenas entre organizações, mas sim entre cadeias produtivas, já que é cada vez mais difícil apresentar inovações aos clientes.
“Se uma empresa utiliza NF-e junto ao cliente e ao fornecedor e este, junto ao seu cliente, os ganhos obtidos são transparência, velocidade, agilidade e redução de custos, por exemplo. A NF-e tem um papel fundamental na melhoria dos processos. Por isso, é preciso enxergá-la como a principal agente capaz de se obter vantagens competitivas e não apenas um quesito que será obrigatório e por isso necessita ser implantado”, explica Guilherme.
Organizado pelo Conselho Privado da Nota Fiscal Eletrônica, o fórum contou também com a palestra do coordenador Contábil e de Tributos da Aché, Marcos Eduardo Camata. O executivo apresentou como principais impactos da aplicação da Nota Fiscal Eletrônica, a imagem positiva da empresa frente ao mercado, a indicação de transparência nas operações, o incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos com clientes e principalmente a redução de custos operacionais, como os de papel, impressão e armazenagem. “De abril até hoje totalizamos 6.500 NF-e emitidas. Tivemos um significativo ganho na produtividade em relação à agilidade e armazenagem eletrônica”, afirma Marcos.
Já a Telefônica, representada pelo Superintendente de Contabilidade e Produtos, Milton Shigueo Takarada, ressaltou a importância em criar um grupo de trabalho interno para o período inicial de implantação da Escrituração Digital Contábil. “É fundamental contar com a participação do setor fiscal, contabilidade, TI e a diretoria se dedicando em tempo integral e de forma colaborativa”, explica. Milton acentuou também a preocupação com o sigilo das informações, já que serão enviadas todas as movimentações contábeis da empresa, podendo trazer grandes prejuízos caso haja uma possível vazão das informações.
Já Vinícius Pimentel de Freitas, chefe da Seção de Interação Eletrônica da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, indicou dados oficiais sobre o Sped (Sistema Público de Escrituração Digital). Segundo Vinícius, o objetivo é inserir 12.000 grandes empresas no projeto da Nf-e até 2009. Além disso, a obrigatoriedade do projeto será para 21 Estados a partir de abril de 2008, estando de fora apenas o Amazonas, Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Piauí e Roraima. “Os Estados já estão estudando quais serão os ramos de atividade a serem trazidos para a obrigatoriedade no segundo semestre do ano que vem”, afirma.