Executivo da MasterSense fala de um novo modelo de negócios no segmento de alimentos e bebidas
Um alimento que chega ao mercado não é simplesmente um alimento, mas sim o resultado da criação e manipulação de uma vasta gama de ingredientes para agradar paladares. É o chamado food design, foco de atuação da MasterSense, empresa que, às vésperas de completar duas décadas, se tornou uma multinacional brasileira. E que vem se destacando ao apresentar protótipos dos produtos com os seus ingredientes em feiras e até em prateleiras de supermercados. Detalhando esse desenvolvimento e a evolução para o design future em colaboração com startups, Fernando de Jesus, marketing & innovation manager da MasterSense, participou, hoje (11), da 1029ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Iniciando pela história da empresa, fundada em 2005, Fernando contou que tudo começou com uma visão de mercado, projetando produtos alimentícios do futuro, o que a manteve nessas duas décadas em um segmento super competitivo como o da indústria de alimentos. Multinacional brasileira, com sede em Jundiaí (SP), a MasterSense possio unidades em vários locais com plantas pilotos, onde são testados todos os ingredientes antes de serem levados ao mercado B2B. “Elaboramos o produto final em uma pequena escala fabril para que o cliente tenha a certeza de que vai obter a mesma experiência que criamos em nossos laboratórios, sem nenhuma surpresa. Com esse sistema estamos presentes na Colômbia, México, Chile e Guatemala, além de um escritório do Uruguai.”
Essa expansão internacional começou há cinco anos. Depois do negócio bem ajustado no Brasil, a empresa percebeu a oportunidade de aplicar em países da América Latina o mesmo modelo e sucesso obtido por aqui. Indagado sobre o que motivou a aposta nesse mercado de ingredientes, o executivo explicou que, embora contando com vários e competentes players, havia uma necessidade de surgir um concorrente que fosse além. “Queríamos colaborar com o cliente no desenvolvimento do produto final. Assim, a MasterSense foi a pioneira em participar de feiras do segmento apresentando protótipos do produto final. O normal, até então, era o fabricante comparecer expondo a matéria-prima a ser usada, seja uma proteína, um aroma, um corante, uma gordura, etc., dentro de uma vasta gama de possibilidades. Enquanto, nós, tivemos a ideia de apresentar os ingredientes já aplicados com o resultado comprovado.”
De acordo com Fernando, a empresa nasce com a percepção de que o cliente necessita mais que um apoio técnico, mas de uma sugestão de arquitetura do produto final, com ideias que fazem mais sentido tanto para a indústria como, principalmente, para o consumidor final. “Agora, nos últimos anos, evoluímos para os projetos de design future, que se traduz em trazer para o presente tendências futuras, tangibilizando isso fisicamente para cliente. E desenvolvemos a marca Coollab, um produto final que não é vendido, mas sim apresentado como protótipo nas prateleiras, com sugestão das embalagens, o que está sendo muito bem recebido pela indústria e o varejo.”
Depois de detalhar o que envolv esse processo, dentro de segmentos e subsegmentos entre alimentos e bebidas, o executivo falou da área de inovação, sob sua responsabilidade, onde existe o bem-sucedido projeto MS Venture que apoia startups. “Esse é o conceito do food design, encontrar caminhos para entregar produtos para cada perfil de cliente, trabalhando em colaboração, porque não temos a pretensão de, isoladamente, ter todas as respostas. É assim também que conseguimos antecipar tendências.” Houve tempo para ele detalhar perfis de clientes, falar sobre o emprego de IA na formulação de ingredientes e produtos, entre muitos outros assuntos.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1028 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (12), com a presença de Rafael Gianesini, fundador e CEO da Cidadania4U, que abordará a questão a tecnologia com aliada na busca por novos ares; e, quarta, será a vez de Rafael Vaz, CEO da Vero Brodo, que falará da aposta em novo segmento alimentício.