Pessoas das classes C e D, que não possuem acesso à conta bancária representam a nova geração dos consumidores e se apresentam para o mercado com o foco de estar em dia com as novidades, estimulando os setores de bens de consumo e prestação de serviços. Especializada no gerenciamento estratégico de informações de mercado e de crédito, de forma a ajudar seus clientes a ampliar vendas, a Cheque-pre.com possui sistema capaz de avaliar o comportamento e quantificar o nível de consumo desses brasileiros que não têm acesso a conta em banco.
Pessoas das classes sociais C e D apresentam-se ao mercado como novos consumidores de massa. Atraídos por novidades como celulares, marcas de grife, bebidas, lazer, diversão e ecologia, a maioria não possui renda definida como estável. Entretanto, de acordo com o presidente da Cheque-pre.com, o economista Ivo Barbiero, “este grupo possui histórico de compras, relativamente bem determinado, em prazos curtos e valores bem medidos, tornando-se consumidor potencial para as empresas que souberem como recebê-los”.
De acordo com Barbiero, apenas 33% da população brasileira – o equivalente a 60 milhões de pessoas – têm, hoje, acesso ao consumo. Menos de 24% dos brasileiros, ou seja, menos de 45 milhões de pessoas, possuem conta-corrente em bancos. Um dos fatores que contribuem para o aumento do número de pessoas que têm acesso ao consumo mesmo sem possuir acesso à conta-corrente é o crescimento do número de financeiras e factorings.
O foco principal dos consumidores sem acesso a conta bancária consiste em sentir-se bem, estar em dia com as novidades e ter facilidade de acesso ao mercado, que ainda não os conhece. De acordo com Barbiero, “estes são – se bem recebidos e avaliados – clientes potencialmente fiéis e que não gostam que sua escolha seja contestada, pois são seletivos e confiantes na sua decisão”, explica. Apesar de não haver garantias reais do cumprimento dos acordos realizados durante as relações comerciais com estes clientes, “se bem descoberto este potencial de compras, a inadimplência não existe, pois sempre o cliente volta, compra mais e atualiza a sua avaliação de compra a partir de seu próprio comportamento. Este cliente não é uma ameaça; é apenas um consumidor sem acesso à conta bancária”, avalia o presidente da Cheque-pre.com.
Para os setores de bens de consumo e prestação de serviços, esta movimentação representa a mais valia do conhecer e reconhecer sua clientela e exige mais do que o mero “CRM” (Customer Relationship Management), “pois importante se torna saber qual o potencial de seu cliente e se preparar para receber maior volume de transações, que atuarão decisivamente no mercado, mudando o foco de alguns setores da economia”, explica o economista.