Somente de janeiro a agosto de 2006, houve um aumento de 6,5% no número de empresas golpistas em comparação ao mesmo período de 2005. Realizado pela Equifax, empresa fornecedora de soluções para gestão de negócios, o estudo aponta que 792 empresas deram calote no mercado, isto é, 48 a mais do que no ano passado, quando foram registradas 744. No total, o prejuízo causado chegou a R$ 35,4 milhões, ou seja, 18,6% a mais, quando a marca atingiu pouco mais de R$ 29,8 milhões.
O golpe dessas empresas representou, conseqüentemente, um aumento de 26% no volume de protestos, atingindo 16.736 títulos protestados, comparados a 13.241 identificados nesse mesmo período em 2005. A Equifax também registrou 8.386 cheques devolvidos; no ano passado foram 7.869 devoluções, ou seja, houve crescimento de 6,5% (o valor dos cheques não está contabilizado no montante do prejuízo).
Os setores mais afetados com os golpes são os de telefonia celular, material de construção, elétrico e alimentos da cesta básica. De acordo com o Departamento de Pesquisas Especiais da Equifax, que conduziu o levantamento, o segmento de alimentação retomou força na lista, seguido de serviços de factoring, peças automotivas e financiamento de carros e caminhões.
A Região Sul foi a principal responsável pelo crescimento, abrigando 196 empresas, 64 a mais do que em 2005. Técnicos atribuem esse aumento às regiões fronteiriças, como Rio Grande do Sul e Paraná, onde o escoamento de produtos acaba sendo feito mais facilmente. Outra fronteira fortemente atingida é a do Centro-Oeste onde, em 2006, foram registradas 53 golpistas, contra 30 em 2005. O Sudeste é a única região do País onde esse número caiu: 409 entre janeiro e agosto de 2006 contra 446 no mesmo período de 2005.