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O agente decisivo


Não há como negar que o crescimento econômico brasileiro está, mais do que nunca, atrelado à necessidade de melhoria da qualidade e do acesso da população à educação e também ao aperfeiçoamento e treinamento profissional para o mercado de trabalho. Neste último item, o agente de integração, que faz a intermediação do processo de preparação dos estudantes para o mundo do trabalho, tem função preponderante. Assim, precisa ser valorizado.

O fato é que estes agentes realizam de maneira hábil a inter-relação entre empresas e escolas. A integração, em perfeita reciprocidade, permite que se consagre uma prática que, em países desenvolvidos, já se faz com muita eficiência há décadas: a preparação e qualificação permanente da mão-de-obra.

Setor da economia que tradicionalmente promove aprendizado de especialização perante um grande contingente de pessoas, a indústria reconhece a legitimidade da prática dos agentes que atuam na realização da integração empresa-escola. Uma ação legítima que encontra sua melhor medida no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), que incluiu no mercado de trabalho, por meio do estágio, pelo Brasil afora, desde sua existência, seis milhões de jovens. O CIEE, vale lembrar, nasceu justamente do idealismo de empresários e de educadores preocupados com a formação profissional. Por conta da importância dessa relação empresa-escola, o setor produtivo brasileiro esforça-se constantemente para agregar a esta prática, organizações conscientes de seu compromisso com o futuro das novas gerações e da própria nação.

O fato é que uma empresa que saiba aproveitar o capital humano disponível estará dando enorme passo para a ocupação de espaço no mundo globalizado e competitivo. Um país que valorize o saber e o trabalho de modo conjunto e incentive exemplos de comprometimento das empresas com o processo educacional, estará estabelecendo formas permanentes de manutenção de seu crescimento. As escolas técnicas do Senai, gerido pelo setor industrial, é um bom exemplo desse envolvimento, ampliando regulamente sua missão através do desenvolvimento de parcerias com centros de ensino e a sociedade civil organizada.

De qualquer maneira, apesar dos resultados positivos alcançados através desse tipo de trabalho oferecido pelos agentes de integração empresa-escola no País, a prática continua enfrentando dificuldades em setores da sociedade que, ao invés de a incentivarem, insistem em buscar soluções distantes da educação, como o assistencialismo de resultado imediato e breve. Assim, como aconteceu nas últimas décadas, por todos os seus benefícios, as indústrias devem continuar – num ritmo crescente – a valorizar o aprendizado de especialização e também o agente de integração empresa-escola. Trata-se de um braço fundamental e eficiente para que os membros de uma sociedade busquem a realização profissional.

João Guilherme Sabino Ometto é vice-presidente da Fiesp (Federação e Centro das Industrias do Estado de São Paulo).

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