A população dos países emergentes estão otimistas com 2012, principalmente os brasileiros. É o que mostra a Pesquisa dos Consumidores Emergentes, “Emerging Consumer Survey”, da Credit Suisse, que mapeia o ambiente de consumo dos países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) além da Turquia, da Arábia Saldita, do Egito e da Indonésia. No total, foram entrevistadas 3,5 bilhões de pessoas com o objetivo de compor uma amostra representativa por gênero, cidade e segmento de renda.
Entre os 14 mil adultos entrevistados, 35% acreditam que suas finanças pessoais vão melhorar nos próximos seis meses, enquanto apenas 9% esperam algum grau de deterioração. A maioria dos consumidores brasileiros projeta, em média, aumentos superiores a 10%, ou cerca de 5% em termos reais. Para o corresponsável pela área de Latin America Equity Research do Credit Suisse, Andrew T. Campbello, tal comportamento no Brasil é produto do aumento recente da renda, que mitigou os efeitos da inflação e fez com que a população continuasse a consumir. Além do Brasil, Índia e China também estão entre os mais otimistas.
Outro ponto de abordagem da pesquisa foi a penetração da tecnologia no mundo emergente. Em se tratando de smartphones, a adesão é maior entre os grupos de renda mais baixa na Arábia Saudita do que entre os grupos de renda mais alta no Brasil e na Rússia. Já quanto ao número de computadores, os segmentos de renda média na China são os que mais se destacam, na contramão do que acontece com os segmentos de renda mais alta na Arábia Saudita, Rússia ou Índia. Algumas explicações possíveis para a da demanda de tecnologia variar de acordo com a renda e o mercado são a sofisticação da rede de distribuição, os preços e o desenvolvimento da infra-estrutura de banda larga.