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O difícil primeiro passo nos negócios


Armando Correa de Siqueira Neto

A experiência nos negócios já deu provas de sobra a respeito de como é difícil adentrar e se manter no mercado. Conquistar e estabilizar são ações penosas e nem sempre atingíveis por tantas pessoas que sonham com a sua autonomia por meio de uma empresa própria. Muitos desejam tão somente desenvolver uma forma de obter renda e viver com comodidade, outros querem mais. O que importa, especialmente nestes projetos empreendedores são as realizações possíveis: pessoal e de auto-estima, social, financeira etc.

O ser humano que tenciona empreender comercialmente passa por situações emocionais profundas. Embora uns se preparem mais do que outros, levando-se em conta o planejamento que realizam para minimizar as surpresas e o sofrimento, as emoções sempre estarão presentes nesta estrada repleta de oportunidades. A lembrança naqueles que um dia já trilharam este caminho tortuoso faz parte da experiência que determina boa parte do que deve ser feito ou não no presente e no futuro.

De início, a burocracia e a papelada chegam a desmotivar algumas pessoas durante a constituição do negócio pela demora e a ampla visitação a órgãos competentes. Se não bastasse, os valores pagos em cada etapa da legalização são expressivos. Todavia, o sonho, por vezes, vence o desânimo e supera as inevitáveis dificuldades. Sonhar e querer, legalizar e concretizar, iniciar e manter. Há um preço a se pagar.

Portanto, mediante um processo extenso e exigente, que inclui a abertura e a manutenção do negócio com carência de capital enquanto não se forma uma carteira mínima de clientes, é crucial que se ajunte ao espírito de empreendedorismo uma boa dose de coragem, motivação e conhecimento, além da valiosa persistência.

Quantas vezes, ainda que a alegria e a esperança alimentem a alma do empreendedor, a ansiedade, o estresse e a tristeza ocasional podem turvar as idéias. A angústia é um inimigo mortal em várias ocasiões. Um medo maior do que a realidade é suficiente para que se altere um plano. Não é fácil o início porque nele encontra-se uma mudança radical de hábitos, principalmente no que se refere ao amadurecimento. Há implicações e responsabilidades que sempre apresentarão as suas contas, muito mais do que as glórias. É um momento de transformação que martela na cabeça: “É tudo ou nada” ou: “É agora ou nunca”. Pensa-se na acomodação e no conforto habituais e suspeita-se das adversidades e aspereza do porvir. É um esforço e tanto para se avançar e sair de um estado em busca de outro no ato de empreender o próprio negócio, visando a independência e o desenvolvimento.

As informações que o mercado oferece não são as mais otimistas. Entretanto, novos empreendedores com êxito atestam sobre a chance de se suceder bem. Não obstante, ressalva-se que é preciso manter o sonho e a motivação como base para suportar e transpor os momentos de desânimo que se instalam. Preparar-se ao buscar informações de toda espécie a respeito do negócio e do mercado do qual fará parte. Alimentar-se de cada passo avançado e aumentar a crença na própria capacidade. Compreender o valor do amadurecimento em detrimento de se lamentar constantemente – manter-se queixando é uma preparação para se justificar oportunamente quando o negócio quebrar. E, especialmente, procure dentro de si que tipo de produto ou serviço gostaria de ter no negócio. O amor pelo que se faz é um bem precioso. Ele nos faz compreender o poder da superação nas mais diferentes circunstâncias.

Armando Correa de Siqueira Neto é psicólogo e diretor da Self Consultoria em Gestão de Pessoas. ([email protected])

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