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O lado real da virtualização

O mundo mobile revolucionou a sociedade de tal forma, que é difícil mensurar o quanto a vida é diferente da que se tinha poucos anos atrás. Muito mais do que estar conectado a um tablet ou celular, a tecnologia móvel oferece inúmeras outras oportunidades. Exemplo disso são as realidades aumentada e virtual. Por mais que não sejam totalmente novas – segundo Fabio Miranda, especialista em atendimento ao consumidor, esse tipo de tecnologia existe desde de 1984 -, foi somente com o desenvolvimento do mobile que passaram a ser mais acessíveis e projetos possíveis de serem criados. O executivo, que também é head de vendas da Direct Talk, comenta que esse mercado está em alta hoje, principalmente, depois de alguns casos bem-sucedidos de negócios, como o da Nintendo, com o lançamento do Pokémon GO, ou da Google, com seu óculos Google Cardboard. Não por menos, o banco Goldman Sachs estima que esse mercado movimentará, aproximadamente, US$ 80 bilhões até 2025 em todo mundo. “As apostas são que, em um futuro breve, essas plataformas de realidade virtual/aumentada terão a mesma relevância que os smartphones possuem hoje. Vamos assistir eventos como futebol, Fórmula 1 e até mesmo o Netflix dentro de nossas casas neste novo formato”, prevê.
Tal qual há um território vasto de possibilidades para implementar essas realidades, também são grandes as chances que as empresas possuem em fazer uso das realidades como ferramentas de retenção e engajamento de clientes. Ainda mais nessa fase em que o público já conhece as tecnologias, muitos já tiveram experiências com elas e a aderência está mais facilitada. De acordo com Karina Firme, COO da UView360, uma das grandes vantagens das realidades aumentada/virtual é que elas proporcionam ao consumidor uma experiência imersiva, o que gera emoções e memória afetiva. “Esse engajamento emocional com os clientes é um desejo das empresas e das marcas. Quem consegue efetivamente criar um engajamento emocional com seus clientes tende ter como resultado uma fidelização maior, desde que o consumidor se identifique o produto”, ressalta ela. 
Aliás, identificação é um dos principais pontos que devem ser levados em consideração na hora de procurar criar um projeto com alguma ferramenta, independente qual seja. No caso da realidade aumentada e virtual, Karina alerta para que a estratégia se preocupe, acima de tudo, em geral valor ao cliente. Uma preocupação bastante defendida também pelo CEO da Croma Marketing Solutions, Edmar Bulla. Para ele, pensar em investir na tecnologia, somente por conta dela, não agrega nada e ainda corre-se o risco de utilizá-la da maneira menos inteligente. O essencial é que se una a plataforma ao comportamento social do público. “O fato de ter uma tecnologia acessível, não quer dizer muita coisa se a sociedade não estiver pronta para usá-la”, diz. 
REALIDADES NA PRÁTICA
Bulla adiciona que por mais interessante as plataformas de RA ou RV possam ser, por mais que elas sejam uma grande novidade, o que conquista a atenção das pessoas e seja algo que parece que veio para ficar. É preciso ter cautela para não ingressar nesse efeito de manada, como muitas outras tendências que surgiram, o público aderiu e depois abandonou, para não haver perda de dinheiro e nem de clientes. E somente é possível evitar isso criando algo que realmente seja útil 
para o seu público, que seja um aliado do dia a dia dele, fazendo com que ele use estando na moda ou não. “Caso contrário, será uma experiência tecnologicamente bem executada e pouco aderente à realidade das pessoas e vai ser uma realidade somente virtual” completa.
Um dos principais setores que hoje procura por novidades nesse mercado da realidade virtual é o e-commerce. Junto à oportunidade de proporcionarem uma experiência diferenciada aos consumidores, muitas lojas viram nessas plataformas uma maneira de facilitar o processo de compra, permitindo que a pessoa possa, por exemplo, experimentar roupas na sua loja online, tendo maior confiança na jornada. 
Ou como fez a Tok&Stok, que, em 2015, lançou o aplicativo “DecoRA”, permitindo que usuários visualizassem produtos nas lojas inseridos no ambiente desejado, em 3D e em tempo real, através da câmera do smartphone. “Ele compõe um ambiente virtual com muitos produtos, inserindo-os o local nas reais proporções e perspectiva corretos. Isso é muito interessante para avaliar se um móvel ´combina´ com a decoração existente em um local, se cabe no espaço dedicado, explorar diferentes opções de cores/produtos”, comenta Nilo Signorini, diretor de planejamento comercial. E, caso deseje, o cliente ainda pode salvar a lista, resgatá-la no e-commerce e comprar os itens em segundos.
Outra empresa que viu na realidade aumentada o caminho para facilitar a escolha do cliente, fazendo com que ele verdadeiramente satisfeito, foi a Coral. Por meio da ferramenta “Coral Visualizer”, o público pode pintar virtualmente o cômodo que quiser, bem como escolher a cor de qualquer objeto de preferência para colocar nas paredes. “O aplicativo atua como facilitador da vida do consumidor, agregando confiança ao processo de mudança de cor do ambiente”, conta a gerente de ativação de marca da AkzoNobel Tintas Decorativas, Fernanda Figueiredo. “Acreditamos que cada vez mais as empresas e marcas investirão nessa tecnologia para que seus consumidores saibam ou tenham a sensação de como será antes mesmo de adquirir determinado produto, seja a tinta para a decoração da casa, a cor da maquiagem, o estilo da roupa, etc.” 
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