Em alta no mercado, as criptomoedas ainda geram curiosidade e certo receio por parte de empresas e clientes. Entretanto, elas já são bem atrativas entre grandes players e fundos hedge devido a privacidade das transações e por não serem controladas por uma pessoa ou entidade central. Isso faz com que sejam descoladas do mercado financeiro e de decisões políticas, apresentando uma maior segurança nos ativos de quem deseja investir.
“Acredito que o Bitcoin se assemelha a um ativo, como o ouro, tanto que é conhecido como ouro digital. Trata-se de uma moeda escassa, de emissão controlada e a tendência é que seja usado como reserva de valor, ou seja, não será usado para realizar compras no dia a dia. Ainda existe essa discussão sobre qual será o papel do bitcoin, se reserva de valor ou moeda de micropagamentos. A tecnologia permite que seja utilizado para diversas coisas, mas se assemelha mais ao ouro”, explica Guto Schiavon, COO da Foxbit.
Entretanto, isso não quer dizer que as criptomoedas não serão utilizadas no mercado de consumo, já que apresentam algumas vantagens. “Para o cliente, as principais vantagens são: o pagamento pseudo-anônimo, não tem fronteiras e impossível de fraudar. Quando você paga com cartão, um estabelecimento malicioso pode copiar os dados do cartão (números, data de validade e CVV) e realizar compras sem a sua autorização. Já com Bitcoin, isso jamais aconteceria, pois você não precisa expor sua senha-chave privada ao estabelecimento. A desvantagem ainda é a volatilidade e a quantidade de estabelecimentos que utilizam”, pontua Schiavon.
Mesmo o Bitcoin tendo alcançado um crescimento de 1300%, em 2017, no Brasil, as empresas ainda desconhecem as vantagens (como a redução de custos de transação e risco de fraude) e o País ainda representa 1% do mercado mundial. “Meu ponto é que Bitcoin é uma tecnologia inovadora, e como toda tecnologia, o usuário quem decide o uso dela no dia a dia. Hoje é mais usado como ativo financeiro para especulação, mas há quem usa como forma de pagamento ou até mesmo como registro de informações”, conclui o COO.