Entre as desvantagens que existe nas grandes metrópoles está a mobilidade urbana. A disputa entre transportes públicos e privados é um problema que diversos governantes, de diferentes países, constantemente tentam resolver. Nessa situação, a tecnologia vem se mostrando uma aliada para o desenvolvimento de soluções e uma melhor convivência. Como a criação de aplicativos de GPS, que mostram a rota e onde o ônibus se encontra, e também os aplicativos para a solicitação de taxistas. Entretanto, a harmonização ficou abalada com a chegada do Uber.
Podendo ser comparado como um aplicativo próximo ao de motoristas particulares, o 99Taxis acredita que qualquer inovação é benéfica para a evolução da mobilidade e, por conta disso, trabalha constantemente para melhorar a vida dos usuários, como conta o gerente de operações, Pedro Somma. “Essa evolução, no entanto, deve ser acompanhada de um debate profundo, pensando sempre em como atender melhor a população das cidades, cada vez mais preocupada com o assunto”, pontua. Ou seja, qualquer debate deve ter como foco o bem-estar da população como um todo.
Entretanto, Somma assume que a preocupação dos motoristas de táxi em si é, realmente, voltada à legislação e de quem está habilitado ao transporte de passageiros. “O taxista não é contra a tecnologia, como mostram os mais de 120 mil taxistas que já são usuários do aplicativo da 99Taxis, mas sente que há uma concorrência desleal na prestação de serviço de transporte individual remunerado.” Por exemplo, em cidades como São Paulo, a prefeitura somente reconhece como motoristas capacitados para o transporte de passageiros em vias públicas aqueles que forem devidamente autorizados por elas. O que, inclusive, já resultou na apreensão de veículos não licenciados na cidade paulistana. “Acreditamos que somente com um diálogo honesto entre a sociedade e os atores do movimento de mobilidade urbana teremos uma solução realmente positiva”, adiciona o gerente.
Assim, o debate deve ser em prol não de um aplicativo específico, mas sobre como fazer funcionar o modelo de transporte nas cidades, principalmente, o individual, nos quais temas relevantes podem ser levantados, como segurança, maior qualidade dos serviços e outras necessidades que os clientes desejam ter atendidas. “Um ponto muito importante é que o sistema brasileiro está entre os mais seguros da América Latina e uma das razões disso é a forte fiscalização e checagem sobre o sistema de transportes”, comenta o executivo. “Queremos e vamos participar de qualquer discussão que tenha como objetivo trazer melhorias ao transporte individual e que tenham como objetivo propiciar segurança e qualidade nos serviços oferecidos aos passageiros.” E o resultado dessa preocupação pode ser percebido pelos números da empresa, criada em 2012: já foram cinco milhões de downloads no País, com cerca de 120 mil taxistas credenciados, em mais de 300 cidades, e mais de 20 milhões de corridas.