A Accenture, empresa de consultoria, tecnologia e outsourcing, verificou que existe uma preocupação crescente por parte dos CEOS em relação ao equilíbrio da lucratividade, inovação nos negócios e práticas sustentáveis. Para tanto, a organização realizou um estudo em parceria com o Committee Encouraging Corporate Philanthropy (CECP) e constatou a preocupação dos executivos com os movimentos que conduzem à criação de valor social e economicamente responsável. O levantamento destaca o fato de que as empresas estão cada vez mais interessadas em atuar em ações que vão além da filantropia, de forma a assimilar projetos de sustentabilidade às suas estratégias de negócios.
Além dos comentários realizados por CEOs, o relatório apresenta estudos de casos de todo o mundo. O levantamento aponta que 91% dos CEOs consultados enfrentam dificuldades na identificação de estratégias que envolvam simultaneamente negócios e questões sociais, de forma a trazer vantagem competitiva. A disseminação destas estratégias para toda a empresa e mensuração do desempenho das iniciativas também foram problemas apontados.
Outros 70% dos entrevistados reconhecem a necessidade de avaliar as estratégias que conduzem à criação de valor sustentável. No entanto, os entrevistados afirmam ser necessário definir critérios diferentes do que os utilizados para avaliar as iniciativas de negócios tradicionais, uma vez que a criação de valor sustentável exige mais tempo para gerar retornos financeiros claros.
Segundo a Accenture, os movimentos de mobilização social por parte das empresas devem acontecer o quanto antes, pois os problemas enfrentados pela sociedade hoje impactarão diretamente nos negócios das empresas na próxima década. “Se estas questões forem pensadas com antecedência, será possível elaborar as melhores estratégias, que trarão resultados em longo prazo”, explica Matthew Govier, executivo sênior da Accenture para serviços de sustentabilidade. “As companhias que deixarem este assunto para mais tarde provavelmente terão que implementar soluções mais caras, com menos oportunidades para atingir a diferenciação competitiva e alta performance”.
Govier destaca ainda que a estratégia da criação de valor sustentável deve ser a extensão das mesmas competências que as empresas utilizam para conduzir seus negócios. “É preciso ampliar essas competências com objetivo de contribuir com a solução das questões sociais e ambientais, por meio de estratégias que também impulsionam os negócios”.