O risco é grande

Ficar de fora da transformação digital é um risco muito grande para as empresas, que pode até acarretar na perda de clientes. Tanto que, para 44,2% dos executivos C-level, esse é o principal impacto negativo, de acordo com a segunda edição do estudo Business Impact Insights, realizado pela CI&T, em parceria com a Opinion Box. A pesquisa, que foi apresentada durante o segundo CI&T Business Impact Summit 2019, ouviu 1.064 líderes. Além do risco com os clientes, os C-levels, especificamente, apontaram perda de competitividade (43%) e perda de eficiência operacional (41%) como outras principais ameaças. Já o impacto positivo da transformação digital traz o efeito inverso, na visão dos executivos entrevistados – atraindo clientes (51,5%), aumentando a eficiência operacional (55,6%) e a competitividade no mercado (51%).
“Estamos em um momento em que todas as empresas sabem – ou deveriam saber – que a transformação digital é uma realidade imposta e necessária. Se a mudança não começar por dentro e de forma urgente, haverá pressão do ambiente externo, e então a companhia tem apenas duas escolhas: ou se adapta ou perde espaço para os concorrentes”, afirma Cesar Gon, co-fundador e CEO da CI&T. “O ponto positivo é que a maioria dos líderes já percebeu isso – 81% têm projetos de transformação digital em andamento e para 91% dos executivos ouvidos há planos de acelerar o processo.”
O entusiasmo com a inovação não significa, porém, que a jornada é fácil. Apenas 46% dos entrevistados consideram que sua empresa está totalmente preparada para o processo de transformação digital – a limitação de orçamento (41%) e a burocracia interna (38%) são apontados como os principais entraves. Mas as barreiras não se limitam a problemas estruturais da organização, já que pessoas e cultura são parte essencial da transformação. E como os executivos avaliam esse preparo? 51,2% acreditam que estão totalmente preparados, mas apenas 37,3% e 37,6% avaliam sua equipe e a liderança de sua organização, respectivamente, como totalmente preparadas. “O potencial individual é importante, mas as mudanças realmente acontecem quando as pessoas trabalham em conjunto. É preciso incentivar um mindset de colaboração e sinergia, e o líder é essencial nesse processo”, comenta Gon.
Em outro recorte, a pesquisa também avaliou o papel das diferentes áreas na transformação digital das empresas. A área de Tecnologia/TI aparece como a mais fundamental (43%) e engajada (30%), mas ao mesmo tempo a mais resistente (12%) a esse processo. O Marketing também tem destaque, sendo a segunda área mais engajada (10,3%) e fundamental (25,6%), com um baixo índice de resistência (4,5%).
Olhando para o mercado, a maioria (43%) dos C-levels acreditam que sua empresa está em linha com a velocidade de transformação do mercado brasileiro e que seus concorrentes estão no mesmo patamar que sua organização (41,6%), enquanto 30% considera seus concorrentes avançados. Apenas 14,2% dos executivos C-level se consideram muito à frente do mercado.

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