O e-commerce brasileiro se mostrou um ambiente promissor com o passar dos anos. Seguindo uma tendência contrária do mercado como um todo, o setor cresce dois dígitos por ano. Mesmo com a crise, a previsão é que o crescimento esperado de 2015 seja de 10%, , segundo o E-bit, um resultado ainda positivo se comparado com o desempenho geral. Mas, ainda assim, há algumas pessoas que não se sentem totalmente confiantes em realizar compras na internet e a utilizam como ferramenta de pesquisa, a fim de finalizar o consumo no meio offline. “Esse é um movimento chamado de ROPO (em inglês research online, purchase offline), que indica que grande parte das compras e contratações começam na internet, mas, muitas vezes, o fechamento depende de uma interação no mundo real”, explica David Lira, sócio fundador da ProCompra.
Segundo o executivo, esses clientes que preferem adquirir no meio não digital, mas utilizam o virtual como fonte de conhecimento reforçam a importância das empresas em interagirem em ambos os ambientes. “O ProCompra, por exemplo, auxilia clientes interessados em móveis planejados, que captamos por meio da internet, a encontrarem fornecedores mais adequados para os seus projetos (offline)”, detalha. Assim, o importante do investimento em estratégia O2O é a maximização dos pontos de contato, já que os clientes, mesmo estando em seus estabelecimentos, estão conectados, acessando as redes sociais, grupos de mensagens e outras ferramentas e o caminho, hoje, é não perdê-lo em nenhum instante. “Estar presente online é um pré-requisito para iniciar a condução do cliente do online para o offline”, comenta.
Além disso, com o uso dessa técnica, as empresas ainda contam com uma maior comodidade para encontrar seus potenciais clientes e medir os resultados de suas ações, acompanhando como elas vão se comportar no mundo offline. “Os clientes interagem mais com a empresa, o que melhora a experiência de consumo, trazendo mais segurança em fazer negócio com uma empresa online e, consequentemente, isso poderá aumentar as vendas”, conta o executivo. Até porque é necessário entender quais são as reais necessidades dos clientes e que, muitas vezes, elas só aparecem no meio físico. “Os clientes hoje buscam comodidade e querem pesquisar as melhores opções disponíveis antes de contratar um serviço ou comprar um produto. Serviços que facilitam essa jornada, otimizam o tempo que ele deve dedicar para buscar orçamentos.”
Junto com os anseios do público, o negócio também precisa ter em mente, primeiramente, seus objetivos. O que pretende alcançar? Quer expor a marca para novos clientes? O quanto deseja fidelizar? Com todas essas informações, partir para o plano de ação na estratégia online to offline fica mais seguro e com maiores chances de dar certo. “Cada um desses objetivos deve ser tratado em ações específicas. Escolha aquela que você possui mais controle e possibilidade de acompanhar os resultados, assim você saberá que seu pensamento está correto”, aconselha Lira.