Com a portabilidade numérica, as empresas podem ganhar ou perder. É o que diz José Luiz Marussi, coordenador do projeto de portabilidade da Sercomtel, mostrando a importância de fidelizar os clientes nesse momento. A empresa, que opera em Londrina, atenta à nova regra já vem se mexendo para recuperar clientes e conquistar novos. Com um mês de portabilidade, a Sercomtel lançou planos especiais, de acordo com o hábito de consumo dos clientes e investiu na convergência de produtos. Nesta entrevista exclusiva, Marussi fala sobre as ações da empresa para manter os clientes e como fica a concorrência nesse mercado.
ClienteSA – Qual a posição da Sercomtel em relação à portabilidade?
Marussi – Estamos encarando a portabilidade como uma oportunidade de recuperar clientes que no passado migraram para a concorrência, além de ser uma ótima forma de conseguir novos clientes. Para isso, estamos com uma série de ações de mercado. É uma posição otimista.
Marussi – Estamos encarando a portabilidade como uma oportunidade de recuperar clientes que no passado migraram para a concorrência, além de ser uma ótima forma de conseguir novos clientes. Para isso, estamos com uma série de ações de mercado. É uma posição otimista.
Quais são essas ações?
Nós estamos lançando planos focados, de acordo com o hábito de consumo dos clientes, com uma mídia ressaltando a vantagem e a possibilidade do cliente vir para a Sercomtel, utilizando-se da portabilidade. Estamos também com algumas campanhas e promoções em relação a esse serviço.
Como a empresa vê este primeiro mês de portabilidade?
Os números para nós estão bons, até porque na telefonia fixa, nós detemos, em Londrina, 90% do mercado. Os números estão bem equilibrados, apesar do nosso maior volume de mercado ser na telefonia fixa. Para celular é a mesma coisa, os números estão equilibrados. O ‘boom’ dos primeiros dias está passando e a coisa já está caminhando dentro da normalidade.
Qual é o diferencial que a Sercomtel oferece?
O grande diferencial é a convergência de produtos, ao contrário das outras empresas, é que nós possuímos a Sercomtel Fixa, a Sercomtel Celular, a Sercomtel Internet e agora temos uma possibilidade de oferecer TV. Com essa integração é possível fecharmos pacotes de ofertas para os clientes.
Com a portabilidade, como fica a concorrência?
A portabilidade é menos um empecilho para um cliente optar em mudar de operadora. Antes da portabilidade, o cliente tinha investimentos de propaganda, em fachada de prédios, ou seja, ele tinha um investimento em cima do número. Com a portabilidade ele terá a liberdade de escolher a empresa que melhor lhe atender, melhor lhe oferecer condições em relação a preços sem ter que investir para isso, mantendo o número. É uma liberdade maior para os clientes e menos amarras para ele mudar.
Já para as operadoras o jogo é o mesmo, você pode ganhar ou perder. Eu vejo uma vantagem maior para as empresas que estão entrando em novas áreas, porque hoje, no Brasil, ainda temos empresas que dominam algumas regiões do país em relação ao mercado. Agora, para quem está entrando na concorrência, para quem está chegando, sem dúvida a portabilidade é um grande aliado em convencer o cliente a mudar. Essas empresas vão ter, sem dúvida, uma vantagem maior no contexto nacional.
O fato da Sercomtel ser pública, tem alguma diferença nessa concorrência?
Não. Nós já estamos com concorrência aqui há nove anos, então por ser público não temos grandes diferenças ou dificuldades. A única coisa é que temos a lei 8666, que rege as licitações. Porém, se você faz um planejamento antecipado do que você precisa adquirir, isso não é um empecilho. Não dá para dizer que por ser público é um problema para a concorrência.