Na história da humanidade, o mercado já passou por diversas fases, desde evoluções da manufatura, surgimento das indústrias e serviços mecânicos, até os dias atuais com a Internet, vida digital e tecnologias surgindo a cada instante. Nesse novo momento, podemos considerar que vivemos a era do conhecimento, que possibilita uma atuação das empresas de uma forma totalmente diferente do passado, uma vez que intelectual é um capital que todas podem investir. O que não quer dizer que não existam dificuldades, claro que há. Como apontou o CEO das empresas All4 e Gravento, Vitor Fernandes, hoje (18) durante o Meeting ClienteSA Digital, essa é marcada por um comportamento em que todo mundo fala o que é preciso fazer, mas poucos realmente fazem.
Durante a palestra de abertura, “Para novos desafios, novas ideias”, o executivo assumiu que o atual cenário, ao mesmo tempo em que é propicia os negócios a serem arrojados em busca de novas oportunidades, a pressão em entender o cliente e chegar até ele é enorme também. Um processo que dificulta tanto as grandes empresas, que possuem uma estrutura sem brechas para uma flexibilidade, o que dificulta a inserção de inovações na velocidade que elas surgem, sem contar as questões de regulamentações. Como as pequenas, que mesmo com a estruturação menor, ela acaba também sendo uma limitadora e a organização não se permite explorar. Um buraco que permite o surgimento, então, das startups. “Elas são, geralmente, pequenas, mas são mais flexíveis e mais escaláveis, que é o que faz grande diferença”, disse.
Entretanto, independente de todas as diferenças que essas empresas possuem e a chance de gerarem novos negócios, o que elas têm em comum é o fato de que todas, não importando seu tamanho, estão nadando no mesmo mar de dados. Aliás, mais do que isso: estão gerando informações. É nessa hora que se faz imprescindível planejar uma análise de dados bem estruturada. “A análise de dados permite que você atue de maneira mais rápida e explore informações onde antes não era possível, em lugares novos”, comentou Fernandes. “E quanto maior a quantidade de dados, maior será a variedade. Então, é preciso saber como vai ser feita essa análise, o que ela vai te propor”.
Claro que esse é um processo complexo e exige uma dinâmica das empresas cada vez mais rápida, já que as análises devem ser feitas em tempo real, a fim de poderem oferecer melhores experiências aos clientes, diminuindo custos de operações e aumentando chances de sucesso. Para se ter uma noção, de acordo com seus dados, Fernandes apontou que, em 24 horas, 200 milhões de twitters são divulgados, bem como 532 milhões de compartilhamentos são feitos no Facebook. Sem contar vídeos e áudios feitos a cada segundo. “Quando a gente começa estudar esses dados, é possível descobrir tendências de mercado, gosto ou não de produtos e achar onde conseguir oportunidades”, declara.
Dessa maneira, o negócio não expande seu conhecimento de mercado e aprende mais sobre seu público, como tem grandes chances de aumentar seu valor de marca. Uma vez que toda essa informação ajuda no fortalecimento das relações com os clientes. E o executivo ainda deixou uma dica: “os dados que trazem insights não dependem de uma nova tecnologia, mas é preciso olhar nas ferramentas que já existem e procurar entender como elas podem ajudar na evolução do negócio”. Ou seja, o ser disruptivo não é a ferramenta em si, mas o que ela possibilita de facilidade e em uma nova maneira de viver.