Diretor da Bow-e detalha como funciona a prestação do serviço e as vantagens do formato
Da mesma forma que o consumidor hoje pode escolher livremente seu fornecedor de telefonia, streaming, e outros serviços, já é possível também eleger a operadora de energia renovável. Esse é o modelo de negócio da Bow-e. Por meio de mais de 200 fazendas-usinas de energia solar, ela gera créditos junto às distribuidoras, que vão para a conta de luz de pequenos comerciantes e consumidores residenciais de 12 Estados brasileiros. Trata-se de uma subcategoria do mercado de geração distribuída (GD), criado para aumentar as fontes de energia renovável no País. Contando como funciona o serviço, Rafael Zanatta, diretor comercial e de operações da Bow-e, participou, hoje (04), da 1063ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Nascida dentro do grupo Bolt Energy, que trabalha há mais de 10 anos no mercado livre de energia, a Bow-e foi desenhada para atuar no modelo de assinatura de energia renovável. Segundo o convidado da live, o grupo trabalha focado nas grandes empresas. “Temos percebido que o mercado de energia livre também precisa falar mais com o varejo. Houve uma mudança regulatória permitindo que empresas com contas acima de R$ 50 mil por mês possam aderir ao mercado livre de energia. Passamos, então, a atender esse mercado. Só que começamos a pensar como poderíamos atender também o de mais baixa tensão. Ou seja, residências e pequenos varejistas. É nesse momento que nasce a Bow-e.”
Esse movimento acontece dentro do mercado de geração distribuída (GD), conhecido pelos painéis solares nos telhados. Porém, lembrou o executivo, esses painéis restringem muito o mercado, pois depende de inúmeras variáveis. Surgiu, assim, o serviço por assinatura, já liberado em alguns Estados. “O fornecimento de energia é feito com dois serviços: o de geração (produto) e o de transporte – tem a operadora de energia e os fios que a transportam até o consumidor. Ao poder escolher a operadora, o cliente sempre fará opção para a que cobra mais barato. No caso da Bow-e, esse consumidor, ao fazer assinatura conosco, sempre terá um desconto maior em sua conta.”
Segundo o diretor, há dois grandes benefícios no serviço de assinatura de energia. O primeiro é um desconto que gira em torno de 10% a 18% na conta, sem que o assinante precise investir um único centavo. O segundo é o orgulho de poder escolher a energia do seu estabelecimento. “Isso é algo que podemos observar in loco, uma questão de autoestima em poder dizer que todos seus fornecedores são escolhidos por ele e não forçados.” Perguntado pela audiência se existe benchmark no exterior para esse modelo, Zanatta respondeu afirmativamente, citando casos de Estados Unidos, Portugal e outros, onde as alternativas energéticas são as mais variadas e escolhidas livremente pelos consumidores. “Apesar dos desafios regulatórios, o Brasil caminha para esse modelo.”
Na sequência, houve oportunidade para o executivo explicar que o serviço de assinatura ainda está muito restrito à distribuidora onde a Bow-e consegue crédito da energia gerada em mais de 200 fazendas solares em 12 Estados. “Nosso trabalho hoje é encontrar os melhores consumidores para usufruir desses créditos e fazer com que ele receba todos os meses a quantidade de energia correta, garantindo, em contrato, que ele pagará menos por esse serviço.” Ele explicou também o nível de serviço exigido para estar ao lado do cliente, dentro dos 90 dias que ele terá que esperar até que chegue a primeira fatura com os descontos, o tempo necessário até que se processe tudo na distribuidora.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1062 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (05), com a presença de André Seibel, CEO do Circuito de Compras – Shopping Feira da Madrugada, que falará do desafio da experiência no comércio popular; na quinta, será vez de Rodrigo Villela, vice-presidente de serviços da Mastercard Brasil; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Cliente Global: Para qual direção o mercado vai em 2025?”, reunindo Melissa Riley, especialista em CX e customer insights, Ladislau Batalha, CEO do LAB Experience e do ICXI, e João Pedro Sant’Anna, CEO da SellersFlow.