Autor: Paulo Lima
Tente imaginar o tempo e o dinheiro gastos pelas grandes empresas em hardware, software, desenvolvimento e serviços de consultoria em busca de soluções para problemas pontuais ou isolados. Certamente, esse número não será pequeno. Tanto nas médias como nas grandes companhias, é bastante comum encontrar centenas ou até milhares de aplicações distintas e, quase sempre, cada uma delas foi construída (ou adquirida), operacionalizada e mantida fora de um orçamento pré-determinado. Ou seja, mais um gasto de TI…
Em muitos casos, essas aplicações acabam se tornando vitais para a operação de um departamento, ou mesmo para toda a companhia. O problema é que, como a aplicação foi pensada para um objetivo específico, ela não se encaixa dentro de uma arquitetura corporativa de TI mais ampla. E, por conta dessa limitação de comunicação e interoperabilidade, a companhia não consegue fazer com que as aplicações atuais tragam novos valores ao negócio, seja por meio da busca de novas oportunidades de receita, eliminação de processos ineficientes ou redução de custos.
A integração é crucial para qualquer CIO porque traz mais racionalidade para a área de TI, fazendo com que o esforço seja notado por toda a companhia. A integração possibilita interfaces, fazendo não só com que haja interoperabilidade entre as aplicações, mas sobretudo permitindo que elas sejam orquestradas por meio de uma nova lógica de negócio e por novas regras de processos.
Para ter sucesso, no entanto, o projeto de integração precisa contar com objetivos corporativos e requisitos técnicos bem definidos. Como se sabe, a integração ou qualquer outro projeto de TI não é um fim por si só, e apenas se justifica se for para aumentar a competitividade, a produtividade, a eficiência ou o lucro da empresa. Um projeto de integração deve ser analisado tendo-se em mente os benefícios que podem ser trazidos a partir de duas perspectivas básicas: redução de custos e melhorias na eficiência.
No âmbito da redução de custos, um projeto de integração de aplicações pode transformar o atendimento convencional ao usuário em um self-service. Dessa forma, clientes, parceiros e fornecedores podem ter acesso direto e imediato à informação de que necessitam, por meio de uma interface simples baseada em telas de web.
Obviamente, o departamento de TI sabe que esse grande volume de informações está espalhado por diversas plataformas, servidores, banco de dados e aplicações. Se a empresa não conseguir reunir todos esses dados em tempo real, disponibilizando-os com agilidade ao usuário, então o projeto de integração não é eficiente e os resultados para que se diminuam os custos não serão atingidos.
Ainda no campo da redução de gastos, a integração de aplicações faz com que a organização elimine custos com armazenamento e gerenciamento de dados redundantes. É caro e ineficiente armazenar os mesmos dados em múltiplos databases. Apesar disso, essa prática é mais comum do que se imagina. Além disso, um projeto de integração automatiza a geração de relatórios e diminui gastos com a alimentação manual de dados, uma vez que demanda um número menor de colaboradores para a função.
Por fim, no que se refere à melhoria na eficiência, a integração controla e simplifica processos de negócio por meio da criação de um workflow, incorporando programas e regras de segurança atualizados. O resultado final é um significativo ganho de produtividade e agilidade para toda a corporação, preparando-a para novas oportunidades e desafios.
Paulo Lima é consulting manager do canal de integração da Attachmate Brasil.