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Otimismo do consumidor volta a subir



A confiança do consumidor brasileiro melho­rou no segundo trimestre de 2009 depois de ter caído por dois trimestres seguidos, segundo mostra Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador cresceu 3,7% na comparação com o índice registrado no primeiro tri­mestre e manteve-se praticamen­te constante quando comparado com o segundo trimestre de 2008. Apesar do crescimento no segundo trimestre, o índice ainda registra queda de 4,6% na comparação com o indicador do terceiro trimestre de 2008, quando os efeitos da crise econômica internacional ainda não eram tão evidentes sobre a econo­mia brasileira.

 

Segundo a pesquisa, o crescimento do INEC deve-se, em grande medida, à melhora significa­tiva das expectativas em relação ao desemprego e à inflação. O índice de expectativa de inflação registrou cres­cimento de 11,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2009 e de 9,9% na comparação com o segundo trimestre de 2008. O aumento no índice de expectativa de desemprego foi ainda maior (17% na comparação com o primeiro tri­mestre). O crescimento, contudo, não foi suficiente para compensar a queda desde o terceiro trimestre de 2008: o índice segue 1,8% abaixo do índice do segundo trimestre de 2008 e 8,6% abaixo do índice do terceiro trimestre daquele ano.

 

A expectativa de evolução da renda pessoal, por sua vez, segue estável. O índice mostrou queda de 0,4% na comparação com o último trimestre e crescimento de 0,6% na compara­ção com o mesmo trimestre de 2008. Ressalte-se que o índice mantém-se em patamar elevado, considerando-se a média histórica. Já o índice de endividamento aumentou 3,4% na comparação com o primeiro trimes­tre, o que denota redução no endivi­damento dos consumidores.

 

Apesar da melhora na questão do endividamento, a situação financeira dos consumidores ficou praticamen­te estável, mas manteve sua tendên­cia de piora. O índice de evolução da situação financeira recuou 0,6% na comparação com o trimestre anterior, a terceira seguida nesta comparação, acumulando recuo de 5,9% desde o terceiro trimestre de 2008.

 

A melhora na confiança ainda não deve se traduzir em crescimento de compras de bens de maior valor. Mesmo com os incentivos pontuais oferecidos pelo Governo Federal, o índice que reflete as perspectivas de compras de maior valor no trimestre registrou aumento apenas marginal, de 0,2%, na comparação com o tri­mestre anterior e queda de 2,2% na comparação com o segundo trimestre de 2008.

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