O otimismo do brasileiro voltou ao patamar pré-crise financeira internacional. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) divulgado nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), referente ao terceiro trimestre do ano, cresceu 4,7% em relação ao trimestre anterior, tendo passado de 110,3 pontos para 115,4 pontos. Ficou estatisticamente empatado com o mesmo período do ano passado (115,6 pontos) e 0,6 ponto atrás do recorde histórico, de 116 pontos no terceiro trimestre de 2006.
Todos os seis componentes do INEC tiveram aumento na comparação com a pesquisa anterior. A expectativa do brasileiro com relação ao desemprego foi a que mais melhorou entre um levantamento e outro. O índice passou de 118,4 pontos para 129,6 pontos (aumento do indicador significa otimismo com relação ao emprego), uma alta de 9,5%.
A pesquisa da CNI aponta que o consumidor está mais confiante quanto ao aumento da própria renda. Esse indicador subiu de 110,5 pontos no segundo trimestre do ano para 113,8 pontos na atual pesquisa. A situação financeira também melhorou, segundo os entrevistados, tendo o indicador passado de 108,1 pontos para 114,5 pontos do segundo para o terceiro trimestre.
O endividamento dos brasileiros está menor. De acordo com o INEC, o indicador subiu de 104,5 pontos para 109 pontos (quanto maior o indicador, menor o endividamento). Por tudo isso, é possível esperar um aumento de demanda para os próximos meses. A pesquisa mostra, inclusive, que o brasileiro está mais disposto, hoje, a comprar bens de maior valor. Esse indicador subiu de 108,7 pontos no segundo trimestre para 112,1 pontos na atual pesquisa.