A Fnac terceirizou o gerenciamento da rede privativa que interliga as lojas físicas, sede e o centro de distribuição. O modelo adotado permitiu à empresa aumentar a qualidade dos serviços disponibilizados pela rede e manter o foco em ações estratégicas relacionadas às atividades. O projeto foi desenvolvido em 2003 pela Compugraf. Este modelo facilitou também o momento da migração para tecnologias mais avançadas que acompanharam o crescimento da operação.
Quando a Fnac abriu a primeira loja no Brasil, em 1999, o gerenciamento da rede e a negociação do fornecimento de links e roteadores era feito pela equipe interna de TI da multinacional francesa. “A administração e a resolução de problemas da rede demandavam muito tempo da equipe”, explica Fábio Selingrin, gerente de TI da Fnac, completando que a realização de alguns estudos apontou o outsourcing como a alternativa com a melhor relação custo x benefício.
Em 2003 a Fnac possuía então no Brasil quatro quatro lojas no Brasil: São Paulo (Pinheiros e Avenida Paulista), Campinas e Rio de Janeiro, além do centro de distribuição localizado em Tamboré (SP). Com o projeto desenvolvido pela equipe técnica da Compugraf, a base de dados da empresa foi unificada por meio da tecnologia Frame Relay, que divide as informações trafegadas em frames (quadros) ou packets (pacotes). Esta tecnologia de comunicação, baseada em uma forma simplificada de codificação de pacotes que carregam um endereço usado pelos equipamentos da rede para determinar o seu destino, também foi implementada pela Compugraf nas demais lojas das Fnac inauguradas após o início da parceria (Brasília e Curitiba).
A partir de uma decisão estratégica, a Fnac transferiu sua sede administrativa da unidade de Pinheiros para um prédio localizado na Avenida Faria Lima, no Jardim Paulistano. Esta migração, que aconteceu de junho a agosto de 2006 e a inauguração, em outubro, da nova loja em São Paulo (Shopping Morumbi), motivou a troca da tecnologia de comunicação de Frame Relay para MPLS. “A Frame Relay é uma tecnologia defasada, estávamos ficando para trás. Com a MPLS podemos usar a rede tanto para dados como quanto também para voz, entre e outras utilizações”, explica Selingrin.
De acordo com Sergio Petená Cortez, gerente projetos da Compugraf, os benefícios da rede MPLS são grandes quando comparados aos da rede Frame Relay. “Com esta tecnologia foi possível disponibilizar na rede os serviços de QoS (Quality of Service), um organizador do tráfego de rede que define prioridades e limites, melhorando a percepção de velocidade e a Engenharia de Tráfego (Traffic Engineering)”, explica Cortez. Com a troca de tecnologia a empresa também reduziu custos com telefonia, já que todas as ligações entre as lojas agora são efetuadas por meio de VoIP, sem custos adicionais. Pela rede passam também o Circuito Fechado de TV, o correio eletrônico de troca de mensagens entre filiais e o ERP desenvolvido internamente. “A rede MPLS trouxe um grande ganho, com ela, além de mais serviços, temos maior controle sobre todos os processos internos”, comenta Fábio Selingrin.
Com a bem sucedida experiência de terceirização dos serviços de rede, o modelo foi expandido. Em 2004, a Fnac reestruturou seu site a fim de torná-lo uma ferramenta de vendas mais eficaz e solicitou a Compugraf serviços de gerenciamento da performance técnica da loja virtual. “Quando os trabalhos foram iniciados, utilizávamos um link de apenas 2 Mbps. Com a reestruturação do site e inclusão da oferta de novos produtos, foi necessário aumentar o link utilizado”, conta Selingrin. Com o plano de crescer 138% em vendas em 2007, será necessário ampliar ainda mais a capacidade do link. “Estamos tranqüilos porque com o gerenciamento pontual da rede realizado pela Compugraf, podemos constatar o momento certo para aumentarmos a banda utilizada”, finaliza Selingrin.