Parceria entre pequenos e médios

É muito comum haver o debate sobre os desafios das pequenas e médias empresas em sobreviverem ao mercado. Sejam as dificuldades de se manterem e obterem resultados positivos, a complicada concorrência com as grandes organizações, conquista com clientes, até os problemas com investimentos em novas estratégias e tecnologias, uma vez que elas podem não possuir um custo suficiente. O resultado é uma geração de insegurança e desconfiança, principalmente, quando se trata em procurar por outras empresas na realização de parcerias, contratos e outros serviços. É por essa razão que muitas PMEs acabam escolhendo contratar e realizar uniões com outras empresas do mesmo porte, pois além do custo ser menor, ambas possuem a oportunidade de crescerem juntas, tendo forças em ganhar o mercado. “Este é um crescimento em conjunto, ambos sabem as dificuldades que enfrentam pelo porte de seus negócios, indicações, referências, fidelidade”, explica Ana Vecchi, diretora da consultoria Vecchi Ancona – Inteligência Estratégica. Inclusive, as duas empresas têm a possibilidade de unir seus objetivos com relação aos clientes, como a fidelização, agregação de valores no relacionamento, planejamento e atendimento de suas necessidades. 
Para a agência Social Clique, como conta o diretor Felipe Rodrigues, sempre foi um desafio conseguir crescer os serviços oferecidos aos clientes e, ao mesmo tempo, a forma de entregar publicidade. “Toda estratégia que criamos precisa ser bem estudada e avaliada, pois ao mesmo tempo em que precisamos captar clientes, também temos que formar parcerias sólidas com as empresas de mídia”, diz. Sem contar que, como as PMEs possuem uma margem de investimento menor, as chances de tentativa e erro também diminuem, seja com os clientes ou com a própria empresa. “Em uma PME, a margem para investir errado é muito pequena, seja na criação de um projeto, divulgação de nossa empresa ou a contratação de algum funcionário.”
Ainda de acordo com Rodrigues, um dos principais receios é manter o fluxo de caixa, uma vez que é difícil manter um contrato fixo de longo prazo, gerando preocupação e manter os anunciantes por mais meses. Por outro lado, Ana ressalta que a união entre as PMEs é benéfica, justamente, pelo aumento do rol de clientes. “Sem dúvida, a lista de clientes pode fazer a empresa parecer maior do que é de fato e chega a hora em que poderá cobrar mais pelo mesmo serviço, conforme o porte da empresa cliente contratando. É justa essa conta!” 
Em se tratando de conta, ela diz que o relacionamento para as empresas de pequeno e médio porte é a palavra chave, pois elas não podem ter grandes gastos. “Então, crescerem juntas e fazerem mais por menos, faz deste ‘menos’ o mais justo, o correto.” O que não quer dizer apenas barato, uma vez que pode sair caro. “Mas mostrar que o valor é justo, que haverá seriedade no trabalho realizado, que estão investindo juntos para um excelente resultado, fará com que o cliente PME indique novos clientes ao empresário PME. Assim, ambos crescem se apoiando, construindo resultados.”
Além disso, ainda há a criação de uma relação mais próxima entre as empresas. “Quando atendemos uma PME ou alguma outra PME nos atende, o relacionamento e a qualidade do serviço que é oferecido determinam se esse resultado será positivo, apesar de provavelmente ser um valor menor e prazo maior para pagamento desse serviço, tratando-se com a mesma importância de uma grande empresa. Sem dúvidas que as PMEs começam a se enxergar como ‘Parceiras'”, afirma Rodrigues. Refletindo, inclusive, na relação entre empresa e clientes finais. “Conseguir manter o relacionamento próximo e viver um pouco as dificuldades do dia adia do cliente é importante se está atento e pode oferecer dicas e soluções envolvendo seus serviços, que de fato podem ajudá-lo. Isso também cria um vínculo. Sempre que precisar, o cliente vai recorrer a você e não a um concorrente.”

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