Pequenas empresas sofrem com crédito


Se fosse fácil e barato, 57% das micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo desejariam tomar empréstimos bancários. No entanto, segundo pesquisa do Sebrae-SP, apenas 22% das pequenas empresas buscam recursos em instituições bancárias. Na avaliação dos entrevistados, as elevadas taxas de juros e a burocracia continuam sendo as maiores dificuldades de acesso das pequenas empresas ao crédito. Para 61% dos entrevistados, reduzir as taxas de juros seria a principal ação que poderia facilitar a tomada de novos empréstimos, 34% acham que reduzir a burocracia seria a ação mais importante, 18% pleiteiam prazos mais longos de pagamento e 10% demandam menores exigências em termos de garantias.

Para o diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca, os dados mostram que é preciso mudar a estratégia de atuação das instituições financeiras, públicas e privadas, junto às pequenas empresas. “Os recursos existem, mas as empresas não têm acesso a eles. E o mais grave é que mesmo que fosse fácil e barato captar recursos nos bancos, 43% não estão dispostas, entre outras razões, porque acreditam que não conseguiriam pagar e não confiam na política econômica do governo”, explica.

O estudo revela ainda que as três principais formas de financiamento utilizadas pelos empreendedores, com recursos de terceiros, são: negociação de prazo com fornecedores ou crédito mercantil (43%); uso de cheque pré-datado (35%); e uso do cheque especial ou cartão de crédito da empresa (31%). A sondagem também apurou que das empresas que desejam obter algum tipo de financiamento, 59% das pequenas empresas buscam até R$ 20 mil, 67% acreditam que o prazo ideal para pagamento é de até 36 meses e 67% aceitariam pagar juros de até 1,99% ao mês. Outro destaque do estudo mostra a intenção do empréstimo: 63% buscam recursos para capital de giro e 54% para investimento em capital físico.

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