Mulheres mais jovens, com nível superior e maior renda, preferem comprar roupas em shopping centers, enquanto que hipermercados e lojas de departamento se transformaram nos principais canais de consumo de vestuário para a maioria das mulheres entre 25 e 40 anos. Cerca de 70% das vendas de cosméticos e artigos de perfumaria são efetuadas em lojas de rua. Lojas especializadas são as preferidas pela maioria das consumidoras quando o assunto é compra de calçados.
Esses são alguns resultados do estudo “A mulher e o varejo de moda – Como otimizar essa experiência nos diversos tipos de varejo”, desenvolvido pela ACI Pesquisa. O levantamento traça o perfil da mulher consumidora de moda enfocando três tipos de produtos (roupas, calçados e cosméticos) e o formato dos diferentes canais de venda, destacando características e serviços essenciais para fidelizar consumidoras das classes A e B.
A coleta de dados foi realizada na cidade de São Paulo com 800 mulheres que pertencem às classes A e B. A escolha desse nicho foi baseada nos seguintes fatores:
· As mulheres entrevistadas pertencerem a uma faixa de consumidores que movimenta anualmente cerca de US$ 165,5 bilhões no Brasil e corresponde a 45% do consumo urbano;
· 49% das mulheres entrevistadas trabalham e 51% não;
· Houve um expressivo crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho. Em 1990 elas representavam 35% do mercado e hoje esse número chega a 44%;
· O número de mulheres que se tornaram chefes de família cresceu de 18,9%, em 1990, para 25% em 2001;
· O número de mulheres com formação superior é maior que o de homens. Em 1996 elas representavam 17% contra 14% dos homens. Em 2001 devem chegar a 20% contra 15% de homens;
Com base nos dados coletados é possível traçar o perfil de dois tipos de consumidoras; suas relações com diversos canais de venda, os principais atributos associados à satisfação no varejo e o diferencial determinante para a escolha de lojas de vestuário, calçados e cosméticos.
Segundo o estudo, existem dois tipos de mulheres: A de demanda sofisticada e a de demanda singela. As primeiras necessitam de um maior número de atributos para se sentirem incentivadas a consumir, enquanto que as segundas não são tão exigentes em relação à qualidade dos serviços e benefícios oferecidos no ponto-de-venda.
No segmento de calçados as mulheres de demanda sofisticada exigem: critério de exposição de produtos; variedade de produtos, respeito pelo consumidor; rapidez no atendimento; espelhos; preço e atenção do vendedor. Já as mulheres de demanda singela buscam apenas: atenção do vendedor e rapidez no atendimento.