Autor: Luiz Almeida
Nos últimos anos, a economia brasileira vem mostrando sinais de amadurecimento. Pegando carona neste cenário, o setor de meios de pagamentos eletrônicos também tem apresentado uma evolução significante. Uma prova disso são as contas e cartões pré-pagos, que servem de instrumento de comunicação financeira entre as classes sociais A e B com a C e D. As contas, ou cartões pré-pagos, são a 3ª família de produtos de meios de pagamentos eletrônicos que surge forte no Brasil, impulsionado pela recente regulamentação do Banco Central. O mercado promete movimentar R$ 2 bilhões esse ano até o final deste ano e, US$ 65 bi em 2017, mostrando o seu grande crescimento.
A ferramenta vem para resolver um espaço deixado entre os cartões de débito e de crédito. Isso porque ela funciona como um facilitador de fluxos financeiros. O serviço facilita a vida de quem quer pagar e quem deseja receber. Através das contas pré-pagas, o consumidor pode fazer transferência para pagamentos de empregados, mesada de filhos, para as despesas domésticas do lar, prestadores de serviço, entre outros. E facilita também para aqueles que precisam receber valores e que não são ´bancarizados´, como alguns prestadores de serviços, por exemplo. Devemos lembrar que quase 40% da população brasileira ainda não tem conta em banco e sente falta de um serviço de facilitação para receber e pagar.
As classes C e D são as mais beneficiadas com esse cenário econômico, as pessoas estão consumindo mais, o que significa uma vantagem competitiva. Então, elas precisam de acesso a todos os serviços financeiros tradicionais e simplificação da vida diária para movimentação de suas contas e despesas, seja recebimentos de valores por serviços prestados, pagamento de contas, transferência de dinheiro para outras pessoas, compras nas lojas físicas e virtuais, ou carregar telefones celulares, item que já ocupa uma posição importante na cesta de consumo das famílias. É ai que estes novos serviços pré-pagos fazem toda diferença, pois, também atendem as necessidades de quem não tem conta em banco, geralmente a classe C e D, ou mesmo quem tem restrição ao crédito e, consequentemente, dificuldade em abrir uma conta em banco.
O pré-pago é um produto que abrange todos os perfis de consumidores. Para os quem têm conta em banco, as contas pré-pagas, além de oferecer a facilidade de organização dos pagamentos, é o fim da obrigação de passar no caixa automático para pagar funcionários, ou, por exemplo, ter que ir até o sítio pagar o caseiro que não tem conta em banco. É uma ferramenta com serviços diferenciados e complementares aos bancos e cartões de crédito. Seja para fazer câmbio remoto, compras seguras na internet e, principalmente, pagamentos para pessoas não ´bancarizadas´. É a facilidade de poder fazer tudo pelo celular, seja pagar sua faxineira ou, nas plataformas mais desenvolvidas, até jogar nas loterias.
O fato é que as projeções das empresas do setor apontam que as ferramentas pré-pagas surgem como instrumento de tecnologia para diminuir muito o uso do dinheiro nos atos de pagamentos e recebimento tanto para as classes A e B, como também as C e D.
Luiz Almeida é vice-presidente da Super