Preços no varejo mantêm alta



O Índice de Preços no Varejo (IPV) da Fecomercio em julho teve uma elevação de 0,10%. Esta é a quinta alta consecutiva do indicador, mas confirma um movimento de desaceleração, que já foi percebido em junho, quando o IPV também registrou alta de 0,10%. De janeiro a julho, o índice acumula alta de 0,52% e, em 12 meses, 1,30%. Dos 21 grupos analisados, 11 registraram queda nos preços. “Esta é a primeira vez, no ano, que o número de grupos em queda é maior do que os que registraram alta”, afirma Júlia Ximenes, economista da Fecomercio.

 

Os alimentos continuam puxando a alta do índice em virtude das condições climáticas, que prejudicam a safra de alguns bens. A consequência é a redução da oferta e a alta dos preços dos produtos finais, que influenciam diretamente os setores de supermercados, feiras, açougue e padaria. As maiores pressões foram nos segmentos de supermercados e feiras. O primeiro passou de uma elevação de 0,53% em junho para 0,52% em julho, acumulando alta de 2,39% em 2009. Já o segmento de feiras teve alta de 2,02% ante a queda de 4,10% em junho e acumula nos primeiros sete meses do ano elevação de 4,78%.

 

Drogarias e perfumarias também apresentaram alta de 0,85%, acumulando nos primeiros sete meses do ano aumento de 7,36%. O resultado de julho foi influenciado pela variação de 1,01% em drogarias, enquanto os produtos de perfumarias registraram alta de 0,12%. Após quatro quedas consecutivas, combustíveis e lubrificantes registraram alta nos preços de 0,50%. Combustíveis elevaram-se em 0,48% em julho ante a queda de 1,27% em junho. Já lubrificantes passaram de uma alta de 0,12% em junho para uma elevação de 1,08% em julho. Outros segmentos que finalizaram julho com preços mais elevados foram: padarias (0,32%), eletroeletrônicos e outros e óticas (0,37%), materiais de escritório e outros (0,38%) e livrarias (0,30%).

 

Reversão de alta – As liquidações de queima de estoque para a entrada da coleção primavera-verão reverteram o ciclo de alta dos preços de vestuário, tecidos e calçados. Após quatro elevações consecutivas, alta de 0,13% em junho, o segmento registrou queda de 0,76% em julho. O setor de veículos também teve redução de 0,41% em julho, após duas altas consecutivas (junho: 0,24% e maio: 0,29%).

 

Já o segmento de móveis e decorações finalizou julho com queda de 1%. O resultado pode ser atribuído à desaceleração das vendas da atividade, que tende a pressionar os preços para baixo. Porém, em sete meses, o segmento acumula alta nos preços de 2,17%. O setor de açougue teve queda em julho de -0,31%.

 

Outras atividades que finalizaram julho com preços menores foram: autopeças e acessórios (-1,01%), floriculturas (-1,29%) e setores que tiveram redução do IPI, como eletrodomésticos (-0,49%) e material de construção (-0,27%), com destaque para a queda de 0,40% na linha branca. Júlia acredita que, para o próximo mês, esses dois segmentos, que ainda são beneficiados com a redução do IPI, devem continuar com queda nos preços.

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