Autor: Leandro Lopes
Seja nos noticiários ou nos bastidores do mercado escutamos que a temida “crise”. Mas será que isso é mais percepção do que realidade? Sim, estamos em um momento turbulento. Disso não há dúvidas, mas qual o tamanho desta turbulência? Qual o impacto que teremos? Hoje, o que importa são os fatos.
Os supermercados estão cheios. Filas e filas nos caixas com carrinhos lotados de mantimentos. Outro dia, tentei comprar um ingresso para um show. Esgotado! Fui à um restaurante bacana, acabei sendo surprendido por fila de espera de mais de 30 minutos. Paralelamente, os jornais publicam: “10 mil funcionários demitidos nesta semana”, “Páteo de montadora lotado”, “Empresa de mineiraçào reduz a um terço sua produção”. Com isso, os empresários estão se preparando como podem. Reduzindo custos, apertando o cinto e cortando os gastos desnecessários.
Em tempos áureos de abundância, ninguém se importava em economizar papel, energia ou mesmo pensar se o processo realizado por tanto tempo e que sempre deu resultado satisfatório. Está correto ou não. Quando falamos que teremos uma crise, sempre há uma mudança de pensamento. Temos uma correção do que estava errado. Podemos ver as empresas se adaptando, ora se preparando, ora corrigindo o que estava errado há tempos. Com isso, temos a criação de uma infinidade de oportunidades.
Nada mais é do que uma correção dos preços. Enquanto temos clientes pagando, temos serviços e mercadorias sendo vendidas e metas sendo batidas. Voar em céu de brigadeiro é fácil. É para qualquer um, agora em vendavais e tempestades somente aqueles que estão preparados se sustentam e modificam processo de gestão com novos valores. Neste período de crise, temos a inovação, a reinvenção dos modelos atuais para modelos mais produtivos, mais práticos e com resultados efetivos.
Novos produtos, serviços e modelos de negócios são criados. A competição fica acirrada, assim como na Formula Indy: acidente na pista e a bandeira amarela entra. E num piscar de olhos, os carros se preparam para uma nova largada, mudança na liderança em determinados setores é bem aceitável e empresas sendo criadas, desaparecendo, fundindo-se também.
Agora temos um mercado estável comparado há dez quinze anos atrás, política econômica com regulação e controle. Mas o que o Brasil está fazendo para sair na frente depois da nova largada? Essa é a oportunidade de acelerar e iniciar um crescimento sustentável, responsável e gerar riqueza para o Brasil que espera há muito tempo esse futuro chegar. Mudar as leis trabalhistas incentivando a criação de empregos CLT, reforma tributária e fiscal, apoio às exportações. Vamos acelerar! E sua empresa e você? O que estão fazendo para a nova largada?
Leandro Lopes é CEO da L3 – Empowering Your Business.