Lazer é a categoria de consumo que mais traz gastos mensais para o bolso do brasileiro. Em média, aquele que direciona suas despesas ao lazer gasta R$ 389 por mês com atividades de entretenimento (cinema, boates, bares e outras), R$ 223 com produtos em geral (roupas, calçados, acessórios e outros) e R$ 137 em serviços (telefonia móvel, tevê a cabo, plano de saúde e outros). Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito, SPC Brasil, e pelo portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz, junto a 620 pessoas maiores de 18 anos, de todas as 27 capitais brasileiras.
A pesquisa também elencou o ranking de gastos mensais da cesta do consumidor brasileiro com atividades de lazer. Em primeiro lugar aparecem as viagens de fim de semana (R$ 425). E seguida surgem: as saídas para boates (R$ 320), idas a restaurantes sofisticados (R$ 301), idas aos restaurantes do dia a dia (R$ 247) e saídas para bares (R$ 174). A prioridade concedida aos gastos com experiências de lazer fica ainda mais explícita quando se observam fatores relacionados a uma decisão de compra. Fundamentalmente, a pesquisa indica que o consumo está conectado a sensações, como realização (80%), felicidade (80%) e segurança (43%). Dentre os itens menos citados há culpa (8%), tristeza (6%) ou insegurança (8%).
Com relação ao perfil socioeconômico, o estudo aponta algumas diferenças significativas: para 43% dos entrevistados das classes A e B, as experiências de lazer constam entre as categorias com maiores gastos. Já entre os consumidores das classes C, D e E, este percentual é de 30%. O mesmo ocorre com as viagens de fim de semana. Para os entrevistados das classes A e B, os gastos mensais com viagens de fim de semana são de R$ 573, enquanto que na Classe C, D e E, essas despesas são de R$ 281. A ida a restaurantes com familiares e amigos também aponta disparidade semelhante em relação ao ticket médio mensal: R$ 348 nas classes A e B e R$ 178 na Classe C, D e E. Somando os gastos com viagens de fim de semana e idas a restaurantes do dia a dia, observa-se que os entrevistados mais abonados gastam o dobro em relação aos consumidores das classes C, D e E: R$ 921, contra R$ 459.