As vendas on-line viraram uma obrigação das empresas. Quem não tem, acaba ficando para trás. Porém, no Brasil, o e-commerce ainda enfrenta um sério problema, e não é a concorrência. “Hoje, o setor tem feito bem o seu papel de vender, proporcionando uma experiência ao usuário cada vez mais rica e relevante, porém, após a venda, o desafio de entregar os produtos adquiridos dentro do menor espaço de tempo possível, por exemplo, continua um desafio tão grande quanto sempre foi no Brasil”, afirma Ricardo Vieira da Silva, analista programador de e-commerce da Ultrafarma. Para ele, existem poucas empresas especializadas em logística para o varejo on-line com preço competitivo. “Além disso, há o monopólio estatal para encomendas de determinadas características o que torna a venda de certos produtos para clientes mais distantes dos centros de distribuição praticamente inviável”, completa Vieira.
Outro grande desafio do e-commerce nacional é a gestão do cliente. Afinal, é preciso garantir que, assim que o consumidor consegue concluir a compra na rede, qualquer dúvida ou suporte que ele necessite também deve estar disponível on-line. “Hoje, muitos sites de venda na internet, apesar das novas regulamentações, ainda exigem a utilização de outros meios de contato para conseguirem mudar formas de pagamento, data de entrega, cancelamento de pedidos entre outras ações”, destaca Ricardo. Com isso, para que a empresa cresça, é preciso haver uma sinergia de todos os departamentos envolvidos. “Só assim é possível que os sites de comércio eletrônico consigam atender a todas as demandas do cliente de forma tão rápida e eficaz quanto conseguem realizar as suas vendas”, salienta o analista de e-commerce da Ultrafarma.
Apesar dos problemas e grandes desafios das empresas que investem no e-commerce por aqui, o Brasil oferece boas experiências e, em alguns casos, consegue se sair melhor do que empreendimentos de outros países, na opinião de Ricardo. “Isto tudo, aliado ao gosto do brasileiro por tecnologia, faz do mercado de e-commerce do Brasil um dos mais promissores a nível global”, exalta.