Programas de fidelidade em crescimento
A Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) divulgou os indicadores de mercado referentes ao segundo trimestre de 2016. A quantidade de cadastros em programas de fidelidade em cinco das empresas associadas (Dotz, Grupo LTM, Multiplus, Netpoints e Smiles) aumentou 17,5% nos últimos doze meses. Alcançando 74,6 milhões no final do segundo trimestre. Já a quantidade de pontos/milhas acumulados ficou em 39,7 bilhões, 1% menor que o registrado no primeiro trimestre deste ano. Os resgatados foram 33,1 bilhões de pontos/milhas, queda de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A volatilidade do dólar é o principal fator que impacta diretamente no acúmulo e resgate de pontos/milhas.
“Sentimos maior engajamento dos consumidores em utilizar os programas de fidelidade. O crescimento dos cadastros exemplifica isso, claramente, e demonstra mais popularidade por parte dos programas. A queda dos pontos emitidos e trocados, no entanto, é justificada pela alta do dólar, já que os pontos considerados neste trimestre são reflexos do que foi repassado pelos bancos com uma taxa cambial maior, mas, com o dólar retornando sua estabilidade, a expectativa é que esses indicadores voltem a aumentar”, ressalta Roberto Medeiros, presidente da Associação.
Novos indicadores
A ABEMF também apresentou novos indicadores, que destacam as preferências dos consumidores no setor. As passagens aéreas continuam sendo as preferidas pelos clientes ao trocar pontos/milhas por produtos e serviços. Mas outros produtos têm ganhado espaço. No segundo trimestre, 70,6% dos pontos/milhas foram trocados por bilhetes aéreos. Os outros 29,4% foram para resgatar, principalmente, itens que ajudem no orçamento.
Na faixa até R$ 50, o item mais procurado foi o vale presente. Entre R$ 50 e R$ 100, ficou em primeiro lugar o crédito para combustível. Na faixa acima de R$ 100, o pagamento de contas foi o serviço mais resgatado “Isso demonstra que os consumidores têm utilizado os pontos/milhas não somente para viajar, mas para complementar os gastos do dia a dia”, conclui o executivo.
Outro dado que comprova o quanto o consumidor está vendo vantagem nos pontos/milhas, é o crescimento do acúmulo no varejo. Os associados da Associação levantam que, apesar da maior parte do resgate estar direcionado ao aéreo, apenas 11,7% dos pontos/milhas acumulados são referentes à emissão de passagens. Os 88,3% restantes são acúmulos feitos no varejo e, principalmente, por meio do cartão de crédito, comprovando o valor que o consumidor vê em acumular por outras frentes para viajar mais.
Perfil dos inscritos
No grupo de participantes de programas de fidelização há um percentual de 50,2% de homens e 49,8% de mulheres. A classificação etária apontou que a maior parte dos clientes (38,3%) tem entre 26 e 40 anos. Na sequência aparece a faixa de 41 a 60 anos, com 36,1% do total, os maiores de 60 anos (14,2%) e, por fim, os menores de 25, (11,5%).