Mais de 40% dos passageiros aéreos brasileiros acreditam que são mal atendidos pelas companhias aéreas. Este é o resultado de uma pesquisa proposta pela AirHelp e feita pela Yougov. De acordo com o estudo, que incluiu 2.014 entrevistados no Brasil, 28% dos viajantes no país sofreram atrasos nos voos e ficaram presos no aeroporto, não receberam informações suficientes, nenhum tipo de ajuda ou não receberam alimentos e bebidas vindos das companhias aéreas. Há ainda outras razões pelas quais os passageiros brasileiros se queixam do mau serviço prestado pelas companhias aéreas. Por exemplo, 20% dos passageiros pesquisados disseram que tinham muito pouco espaço para as pernas ao voar, 14% se viram dentro de um avião com uma equipe de bordo mal-educada, 6% dos entrevistados tiveram que despachar a bagagem de mão, 7% precisaram trocar seus assentos reservados na aeronave e 10% foram acusados de custos ocultos por uma companhia aérea.
“Durante anos, houve um excesso de oferta de companhias aéreas, o que levou a uma guerra de preços extrema, especialmente em rotas populares. Portanto, as companhias aéreas cancelam muitos serviços à custa de seus passageiros para maximizar seus lucros. Entre outras coisas, mais filas de assentos são instaladas nas aeronaves para que o maior número possível de passageiros possa ser transportado, além disso, os critérios de recrutamento do pessoal diminuem e os viajantes às vezes só podem viajar com bagagens de mão”, afirma Denis da Silva, representante da AirHelp no Brasil. “Como resultado, os passageiros têm menos espaço para as pernas, às vezes se deparam com funcionários rudes e não conseguem mais acomodar sua bagagem de mão devido à falta de espaço. Os resultados da pesquisa mostram que cerca de quatro em cada dez passageiros sentem que estão sendo maltratados pelas companhias aéreas”, completa.