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Quais os aprendizados do varejo para 2016?

Autor: Anderson Ozawa
Historicamente nos negócios, as crises têm o papel de separar o joio do trigo. Infelizmente, como em todas as guerras, existem mortos e feridos. No Brasil, a crise política com efeitos no financeiro, afetou diversos setores da economia. O varejo sofreu os impactos e reflexos e tem muito a aprender para 2016. Um ponto importante que devemos observar – e que muitos não querem enxergar – é que finalmente “fazer certo” passa a ser uma prioridade – o que não passa de uma obrigação e, isso é falar do básico: planejamento, gestão, eficiência e eficácia. 
A preparação para 2016 começa agora e é muito importante que as empresas, façam isso, para fortalecer o setor, gerar mais empregos e maximizar os lucros. Destaco alguns pontos importantes que vão auxiliar os varejistas no ano que se aproxima:
– Sair da Zona de Conforto: como todos dizem, o varejo é dinâmico. Se for dinâmico, porque todos foram pegos na zona de conforto das vendas em alta? Como em todos os outros setores, é preciso estar atento aos indicadores, aos cenários e principalmente às projeções e expectativas de longo prazo. É no momento do “conforto” que as atenções devem ser redobradas.
– Processos e Operações: deixar de fazer as coisas como sempre foram feitas e adotar métodos de trabalho e implantar rotinas de execução. Sempre uso exemplo da indústria e financeiras, que possuem padronização há tempos e com isso conseguem maximizar suas atividades de maneira contínua.
– Pessoas: desenvolver, capacitar e valorizar as pessoas dentro do negócio. É o momento de o varejo deixar de ser uma opção de trabalho, para ser uma definição de carreira. Dada a complexidade das operações – compras, logística, vendas, perdas, etc. – para alcançar os resultados necessários, o varejo precisa de pessoas envolvidas, remuneradas pelos resultados, em constante capacitação e apaixonadas pelo negócio.
– Gestão e Controles: ter um negócio implica em estabelecer ferramentas de gestão para controlar a execução das operações, e assim, obter o máximo de eficiência. O que muitos varejos ainda não percebem é que adotar um modelo de gestão nos negócios é um dos elementos primordiais para um negócio sustentável.
– Clientes: no momento em que as vendas caem, percebe-se que não se conhece os clientes. Existe uma quantidade enorme de informações que podem ser utilizadas para conhecer melhor o cliente. Assim, é possível desenvolver produtos melhores, ambientes de loja, marketing mais assertivo, atendimento personalizado, para que enfim, os clientes compreendam que a experiência de compra no seu varejo é única e deve ser repetida.
– Caixa: ter um fluxo de caixa seguro minimiza momentos de incerteza das empresas e garante um momento de serenidade para posicionar ou reposicionar-se. Ganhos imediatos não garantem sustentabilidade. Ter um fluxo de caixa saudável é um dos aprendizados mais importantes de 2015.
As estratégias para 2016 sofrem impactos da economia ou da política, mas, são principalmente impactadas e precisam acontecer dentro da cabeça dos responsáveis pelos varejos. Existe um mindset – modelo mental – que precisa ser alterado para que o próximo ano transcorra com o mínimo de impactos possível. Em 2015, as empresas que sofreram o menor impacto com os acontecimentos econômicos, foram aquelas que alguns anos atrás tomaram a decisão de alterar este mindset e adotar algumas das práticas acima, de maneira estruturada e consciente, para tornarem-se empresas com alto desempenho e sobretudo, sustentáveis.
Anderson Ozawa é é diretor de Prevenção de Perdas e Gestão de Varejo 

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