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Quais os problemas da humanidade?


A população brasileira considera o trinômio insegurança, violência e crime o maior problema da humanidade. É o que aponta pesquisa da Market Analysis, que ouviu 800 pessoas de oito capitais brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. No entanto, o que pensa o cidadão comum difere por completo da visão de 115 líderes de opinião também consultados pelo instituto.

As divergências são grandes. No levantamento junto à população, os 3 males aparecem com 23% das menções. Do outro lado do estudo, este panorama é mais preocupante para apenas 13,9% dos pesquisados – entre senadores, chefes de gabinete, editores de mídias nacionais, gerentes e diretores de grandes empresas, intelectuais, investidores e responsáveis pelo terceiro setor. Na concepção deste público, o grande mal reside na conjetura sócio-econômica mundial, que inclui pobreza, desemprego, má distribuição de renda, entre outros.

A pesquisa, concluída em dezembro de 2005, visa saber até que ponto a agenda de problemas do cidadão comum se reflete na agenda dos formadores de opinião. “Infelizmente, o resultado demonstra um enorme descompasso entre as prioridades da população e a agenda dos formadores de opinião”, atesta Fabián Echegaray, cientista político e diretor da Market Analysis. Inclusive no que diz respeito aos problemas ambientais, os dois públicos seguem caminhos contrários. Enquanto somente 3,6% da população geral atribui prioridade ao tema, quase 14% dos líderes de opinião revelam-se mais temerosos com as ameaças ao meio ambiente.

Para o consultor, a pesquisa ratifica as diferentes percepções dos males da humanidade. “Os formadores de opinião pensam na relação causa-efeito, colocando os abismos econômicos e sociais em primeiro lugar (causas) e depois a violência e insegurança (efeitos). O cidadão, por sua vez, analisa os fenômenos de maneira mais isolada”, avalia.

E a quem pode ser atribuído esse cenário sombrio vislumbrado pelos brasileiros? Novamente as percepções são divergentes. “Simplesmente 56,1% dos cidadãos concentram suas frustrações apenas nos governos, se eximindo praticamente de culpa. Já os líderes apostam na responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e a sociedade”, diz Echegaray.

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