Quanto mais problema, mais chances

É quase impossível perceber que quando surge um problema, normalmente também nasce uma oportunidade. Isso porque é mais comum que as pessoas olhem pelo lado negativo, focando apenas na pior situação. Porém, antes de se desesperar, há aqueles que sabem olhar pelo lado positivo e encontrar uma solução. É assim que nascem as startups. “Como as startups trabalham com modelos de negócios enxutos e escaláveis, é possível oferecer uma solução mais econômica. Além disso, essas mudanças podem trazem mais eficiência a alguns mercados que podem gerar disrupção de modelos de negócios que já estão defasados”, afirma Raíssa Klain Belchior, diretora de operações da startup Webhome.
Com o surgimento das novas tecnologias, o acesso à Internet e às ferramentas acaba sendo mais barato, permitindo que mais pessoas tenham oportunidades de procurarem seu espaço no mercado. O que gera, inclusive, um ambiente onde é possível pensar em modelos que tenham grandes crescimentos e não dependem de certos obstáculos, como limite geográfico ou estoque. Além disso, muitas startups surgiram com o objetivo de ajudar outras empresas no contato com seus clientes. Como a forma de comunicação mudou, bem como a maneira como o consumidor tem se comportado, em que ele possui mais voz e conhecimento sobre seus direitos, desejando ser ouvido pelos negócios nos mais diversos canais disponíveis, as empresas se preocuparam em estar presentes e como este pode não ser um processo fácil, muitas startups surgiram como apoio. “Elas conseguem rastrear tudo o que é falado sobre determinada marca nas redes, determinar o perfil do público consumidor de formas mais detalhada que antes, aumentar o engajamento dos usuários com suas marcas e como anunciar de forma segmentada para este público”, comenta Raíssa.
Mas, independente das oportunidades que possam surgir ou dos problemas que apareçam e necessitem de uma solução, a chance de uma startup ter fracasso é grande, assim como qualquer empresa, caso o empreendedor não possua informações suficientes. “Primeiro a startup deve validar se realmente o problema que ela quer resolver existe e qual é o tipo de cliente que mais sofre com este determinado problema. Em seguida, ela deve verificar se este nicho de cliente é um mercado interessante e se tem potencial para se tornar escalável. Por último, validar a solução, verificar se a sua ela entrega valor para o cliente e se ele reconhece o valor entregue”, aconselha a executiva.
Por mais que fazer este caminho seja o necessário para ter sucesso, Raíssa afirma que não existe uma receita a seguir. “Penso que cada caso é um caso, mas acredito que um bom produto somado a um bom atendimento e bom custo benefício são as principais chaves para gerar fidelização e um buzz para sua marca”. No caso da Webhome, o problema encontrado para o surgimento de sua oportunidade foi a criação das novas lei trabalhistas para a categoria de funcionários domésticos, que fez aumentar o número de processos e multas. “A partir da necessidade real do founder da empresa, Fernando Camargo, foi concebida a ideia do Webhome, o primeiro contador on-line para empregador doméstico 100% automatizado e self-service”, diz ela. Ao cadastrar o funcionário, o usuário passa a receber mensalmente todos os documentos e guias para que possa realizar todos os pagamentos com segurança, conforme a lei. “Hoje auxiliamos mais de 5.400 famílias no Brasil, desde contratação à rescisão de cada um de seus funcionários domésticos.”

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