Radar ligado

Disrupções acontecem desde que o mundo é mundo, no entanto, o termo foi inserido no mercado por Clayton Christensen, conforme explica Sérgio Dias, economista e consultor do Sebrae: “A partir de 1995 o termo foi introduzido no ambiente de negócios por Clayton Christensen, um professor de Harvard, para explicar os novos ciclos de negócio, onde um novo modelo destruia o vigente até então. Na opinião de Christensen, no sistema capitalista, onde os negócios funcionam em ciclos, cada evolução ou nova solução que surge acaba destruindo a anterior e ocupa o seu lugar no mercado”. 
Uma das quebras mais importantes que o mundo dos negócios está vendo agora, é relacionada à forma como o consumo tem sido feito, visto que o comportamento do consumidor se transformou totalmente. “O cliente atual busca a melhor relação de valor e não mais a de custo. O conceito de valor para o cliente está presente na sua decisão de compra. Valor é diferente de preço. Os aspectos de sustentabilidade, responsabilidade social, preservação do ambiente, passam a ter um peso significativo nas relações de consumo e as empresas que ainda não se preocupam com esses aspectos tendem a perder posições no mercado”, explica Dias. 
Outro ponto crucial dentro desse movimento é a importância de manter todas as áreas da empresa integradas e motivadas quanto às novas oportunidades de serviços ou produtos. “É importante criar um ambiente inovativo na empresa e fazer com que sua equipe colabore e participe da geração de ideias e que essas ideias sejam selecionadas e avaliadas para se tornarem produtos e serviços inovadores”, comenta o consultor, que complementa dando uma dica importante para os empresários de olho nas disrupturas: “Há também as demandas que são criadas pelas empresas sem que o mercado consumidor sinalize.  Os gadgets são um exemplo disso. O consumidor não tinha manifestado sua necessidade, que lhe foi inoculada pela empresa fornecedora”. Sérgio também aponta para a possibilidade de administrar, por meio do marketing, a demanda para um produto ou serviço. “Um caminho é torná-lo desejo do consumidor através de sua exposição na mídia por influenciadores de opinião. Isso ocorre com frequência nas novelas e programas de público de massa.”

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