Receita de serviços móveis dobrará até 2012


Para muitas empresas, mobilidade, flexibilidade e acesso em tempo real a dados críticos são hoje diferenciais na hora de fechar contratos, finalizar projetos e conquistar novos clientes. Somente as aplicações de voz representam 95% das receitas do mercado de serviços móveis corporativos, segundo constatou recente estudo da Frost & Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado. Diante dessa demanda, as operadoras da América Latina já estão desenvolvendo aplicações e serviços de dados móveis para corporações de todos os portes com o objetivo de conquistar parte dos US$ 15.5 bilhões de receitas estimadas para esse mercado em 2012, que são o dobro do volume total gerado em 2006.

Para chegar a esse resultado, as operadoras deverão superar o desafio de mostrar o ROI (Return on Investment) dessas aplicações a seus usuários, além de oferecer soluções que atendam a um número maior de companhias e identificar mercados potenciais. “O uso de aplicações móveis de dados, por exemplo, está começando a crescer, tornando-se uma oportunidade para operadoras e vendedores aumentarem suas participações nesse mercado. Isso porque até as pequenas e médias empresas, que hoje são mais desconfiadas em relação aos reais benefícios dessas ferramentas, tendem a seguir o modelo das grandes corporações, que já estão adotando essas aplicações”, explica Andrés Sciarrotta, analista de pesquisa da Frost & Sullivan, completando que foi assim que aconteceu quando começaram os investimentos em soluções de voz.

Baseado nessa adoção que deve ser cada vez maior a curto prazo, o estudo comprova que aplicações de dados e voz mais personalizadas devem crescer tanto em termos de receita quanto de linhas, mas para isso espera-se que as operadoras ofereçam aparelhos mais avançados e, ao mesmo tempo, acessíveis financeiramente e fáceis de usar. “Paralelamente ao investimento em mobilidade, para usar essas soluções, as empresas não podem se esquecer de adotar políticas de confidencialidade e segurança que, por vezes, também restrigem o crescimento do mercado”, observa Andrés.

De qualquer forma, a expansão dos serviços móveis corporativos é natural e a médio prazo, espera-se que as soluções de voz cheguem à saturação, enquanto as aplicações de dados devem constituir uma ferramenta essencial para alguns mercados verticais como o de varejo. “Entre 2006 e 2012, as aplicações de dados devem acumular uma taxa de crescimento anual de 37.4%”, destaca o analista.

O estudo mostra que o Brasil tem estimulado a adoção de aplicações móveis avançadas como SFA (Sales Force Automation) e FFA (Field Force Automation). O Chile apresenta uma alta adesão de pequenas e médias empresas, enquanto o mercado na Argentina é basicamente composto por grandes corporações. “A Colômbia é um país mais focado no mercado doméstico, enquanto a Venezuela possui um ambiente competitivo que tem ajudado a desenvolver o mercado móvel corporativo local”, finaliza o analista.

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