O Brasil é o país que possui a maior quantidade de pessoas conectadas em redes sociais no mundo. Somente por conta disso já é uma grande razão para empresas estarem presentes em tais plataformas. É a oportunidade de acompanharem o que o consumidor deseja, ter informações sobre seu perfil, conhecer suas necessidades e conseguir oferecer aquilo que espera. Sem contar o fato de que as redes também possibilitam a chance de realizar vendas, funcionando como um social commerce.
Segundo Carlos Eduardo Alves, e-commerce marketing manager da Infracommerce, há duas vertentes de social commerce: uma é a criação de uma estrutura de e-commerce dentro de uma rede social, em que o cliente tem a possibilidade de finalizar a compra no próprio Facebook, por exemplo; e a outra é uma nova abordagem dessa estratégia, na qual as próprias redes adicionaram funcionalidades de venda em suas postagens, como é o caso do Pinterest. Na primeira situação, o executivo conta que, apesar de ser um modelo mais antigo que o outro, é algo que ainda não virou tendência no mercado. “Muito em função de integrações entre as plataformas de e-commerce e as redes sociais”, explica. Já a outra possibilidade tem tido maior interesse pela capacidade de conseguir adquirir o produto direto da plataforma. “A diferença é que neste formato o consumidor faz todo o processo de compra fora da plataforma da rede social, ou seja, é mais uma forma de mídia em redes sociais”, acrescenta.
Dessa maneira, as redes se mostraram ser uma ferramenta versátil aos negócios. É uma grande oportunidade de vitrine e promoção das marcas, um meio de contato com o público, permite o acompanhamento dos clientes e se tornam, ainda, um canal de vendas aos consumidores que desejam finalizar o processo ali mesmo, sem haver a necessidade de ir ao e-commerce. “Além disso, dependo da qualidade do produto e do serviço da operação de e-commerce o boca-a-boca pode ser muito positivo”, ressalta Alves. Além disso, uma maior aproximação com o público também acontece quando há espaço para ele também ser mais participativo aos momentos da marca, uma presença mais proativa.
Ao mesmo tempo, é preciso estar ciente de que a exposição para opiniões negativas e à problemas também pode acontecer. Bem como ao fato de que o cliente também terá acesso aos seus pontos fracos, por meio das exposições de outros compradores. “Portanto, redes sociais podem ser muito benéficas contanto que sua operação esteja redonda e o seu produto tenha boa qualidade. Caso contrário as redes sociais se tornarão apenas mais um canal de SAC e não de promoção de vendas”, alerta o executivo. Por isso, ele acredita que o ideal é trabalhar na personificação da marca e naquilo que oferece e sem se esquecer da importância que o diálogo possui, seja para a imagem seja para a fidelização. “É importante estar seguro na gestão de e-commerce para que as interações do consumidor não tenham teor negativo.” E quando esses pontos forem bem cuidados, há uma maior certeza de que o público poderá se tornar embaixador da marca e um participante de seu conteúdo.