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Reeducar e expandir

Foi a partir da frustração como consumidores que um grupo de quatro empreendedores resolveram se unir para criar o programa de fidelidade Zimp. Porém, o que faz dele diferente de tantos outros que já existem no País? Segundo a CEO e uma das fundadoras da startup, Julia Canalini, mais do que criar um novo negócio, o objetivo foi criar uma moeda e um meio de pagamento, que também trouxesse benefícios diretos, tanto para varejista, quanto para cliente. “Queríamos criar um programa de recompensas que as pessoas pudessem enxergar valor e entender”, explica.
Por mais que o segmento de loyalty não seja algo recente no nosso mercado, a executiva conta que as empresas que fazem parte dele, geralmente, não trazem vantagens diretas aos negócios parceiros e nem às pessoas cadastradas. Isso porque é preciso que o lojista faça um investimento inicial, sem muita certeza de que conseguirá de fato fidelizar os clientes ou os usuários do programa – com isso, também não sabe se estará lucrando mais. Ao mesmo tempo em que muitas vezes os clientes não sabem como funcionam os sistemas de pontos e nem quanto cada compra gerará em troca. “São pontos obscuros e de difícil compreensão e valor agregado”, diz.
Sem contar, ainda, que a penetração desse setor no Brasil é pequena: de acordo com ela, os programas de coalizão tem uma representatividade de 20%. “Ou seja, temos um mar de 80% da população brasileira que ainda não é atingida”. Enquanto que, nos Estados Unidos, a média de aderência é muito maior: nas famílias norte-americanas, a média é de mais de um membro cadastrado em programas do tipo. “Em cada casa dos Estados Unidos há participantes de, mais ou menos, 10 programas de fidelidade, sendo 3,3 bilhões de usuários”, adiciona a executiva. “Resumindo: o Brasil tem ainda muito a ser explorado.”
Assim, Julia e os outros fundadores não só encontraram um mercado que poderia ser expandido, como consumidores brasileiros que precisavam ser reeducados, a fim de terem consciência de que programas de fidelidade podem sim ser fáceis e ter retornos com eles também. Dessa maneira, a missão do Zimp é fazer com que os clientes enxerguem e entendam os valores. Por isso, os pontos acumulados nele equivalem o mesmo valor em reais – se uma pessoa juntou 500 pontos, é o mesmo que tivesse R$ 500 para gastas em outros produtos. O outro diferencial é que os pontos nunca expiram. “Além do que, criamos uma usabilidade no site para que o usuário possa usar seus pontos com a mesma facilidade de estar usando cartão em uma compra pela internet”, conta a CEO.
Com uma proposta de ser mais fácil e transparente para ambos os públicos (usuários e lojistas), Julia afirma ainda que a startup quer ajudar o varejo a se reerguer e vender mais. “A proposta do Zimp é totalmente diferente, com pontos que não expiram e cada ponto valendo um real, ele traz vantagens para ambos”. E não para por aí, mais do que ter uma proposta diferenciada e ser um aliado do mercado, o negócio ainda tem objetivo de fazer parcerias internacionais para este ano, beneficiando sua expansão. “E o mais importante, sempre trabalhando com nosso pilar principal: a transparência. Chega do jeitinho brasileiro, nós chegamos para trabalhar de forma limpa.”

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