Executivas de todo o mundo informam que ser mulher ainda tem papel preponderante para o desenvolvimento de suas carreiras, de acordo com levantamento feito pela consultoria Accenture, com 2,2 mil executivos de ambos os sexos em 13 países.
A pesquisa, cujo foco foi a de verificar os obstáculos enfrentados pelo público feminino para avançar na carreira, identificou que o público feminino vê no fator sexo a principal razão para não avançar rapidamente nas atividades profissionais, em uma proporção seis vezes maior que a dos homens consultados (24% contra 4%). Assim, as mulheres têm expectativas mais baixas do que os homens com relação ao quão alto elas podem avançar em suas profissões. No total, apenas 37% das executivas responderam que tinham avançado mais rapidamente do que seus colegas do sexo masculino no ambiente de trabalho.
Outro ponto verificado pela Accenture é a busca, tanto por homens como por mulheres, para o equilíbrio entre a vida pessoal e o crescimento profissional. Nesse quesito, a presença de filhos tem papel importante. Do total de entrevistados sobre esta questão, 46% dos homens consultados informaram que a presença de filhos não influenciou suas atividades no trabalho, enquanto 29% das mulheres responderam que os filhos tiveram papel preponderante na carreira de cada uma delas. De fato, 23% das mulheres responderam que ter crianças resultou em menos horas de trabalho – e menos dedicação à carreira- , contra apenas 12% dos homens.
Mesmo a tecnologia, que poderia ser um item para a flexibilização da vida das executivas, parece não auxiliar neste contexto. A maioria das consultadas indicou que não sentem as ferramentas tecnológicas como facilitadoras, em particular na China (52%) e na Índia (45%).
Com relação a cargos de liderança, tanto homens como mulheres concordam sobre as características que fazem um bom líder: um executivo que sabe manter a calma, é decisivo para a empresa, mas está consciente de suas limitações e oferece crédito para sua equipe, além de se preocupar com o bem-estar dos colaboradores. A Accenture verificou que as mulheres tendem a conduzir suas equipes de maneira mais ética, enquanto os homens se consideram mais visionários.