No ano passado, de acordo com uma pesquisa da Criteo, 56% das compras no e-commerce no Brasil durante o terceiro trimestre foram realizadas com a utilização de múltiplos devices. Índice inferior apenas a Coreia do Sul, que alcançou 64% no período, e superior a outros oito países, como Itália, França, Japão e Estados Unidos. Em novo estudo, a empresa aponta as sete grandes tendências para o comércio eletrônico em 2016. Entre elas que o mobile continuará ampliando sua participação nas transações, a publicidade on-line deverá ser mais relevante e menos invasiva e o marketing deixará de focar os devices para priorizar as pessoas.
“Este será novamente um ano muito positivo para o e-commerce, mas com grandes mudanças e desafios. Os varejistas deverão direcionar os investimentos nas vendas on-line, o que os ajudará a melhorar suas vendas nas lojas físicas. Será cada vez mais indispensável ter um site mobile responsivo e um app para melhorar a conversão. Na publicidade on-line os anúncios terão que ser menos intrusivos com mensagens customizadas e personalizadas”, assinala Fernando Tassinari, diretor geral da Criteo no Brasil.
Segue, abaixo, as sete principais tendências para o e-commerce em 2016:
Maioria das compras online será feita a partir de múltiplos devices
Mais da metade das transações no e-commerce já são feitas a partir do uso de múltiplos devices. Por conta disso, os varejistas precisarão redesenhar a experiência de compra online para esta nova realidade e as campanhas deverão ser ativadas em todas as plataformas.
Compras nos smartphones continuarão ganhando força
Mobile já é a primeira opção para a maioria dos consumidores, principalmente por conta do lançamento de smartphones com telas maiores. O que torna a experiência de compra mais confortável. Os varejistas deverão priorizar suas estratégias mobile e otimizar a experiência de compra em dispositivos móveis, oferecendo sites responsivos e apps. De acordo com o estudo global “Cenário do Mobile Commerce”, também realizado pela Criteo, o mobile teve uma participação de 20% nas vendas online no Brasil no terceiro trimestre de 2015. No período de julho a setembro, as transações no dispositivo dos maiores varejistas cresceram 24% sobre o trimestre anterior e agora quase um terço de todas as vendas já são finalizadas em devices móveis. Entre os varejistas de médio porte, o avanço foi de 35% no período.
Datas promocionais de vendas online, como a Black Friday, serão cada vez maiores
As grandes datas promocionais para esquentar as vendas no comércio eletrônico também continuarão crescendo. De acordo com levantamento, o comércio eletrônico no Brasil alcançou um índice de vendas sete vezes maior na Black Friday de 2015, na comparação com as outras sextas de novembro. Na Cyber Monday, as compras online alcançaram 76% de crescimento em relação às outras segundas do mês. Os varejistas terão que balancear suas estratégias online e no PDV para aproveitar estas datas. Eles devem esperar um movimento de consumidores maior nas lojas online do que nas lojas físicas nestes períodos de picos de venda.
Internet seguirá influenciando as compras nas lojas físicas
A maioria dos consumidores faz pesquisas de preços e compara produtos na Internet antes de sair às compras. Assim, entender o comportamento dos consumidores em todo ciclo de compra passa a ser cada vez mais vital. Os varejistas estão começando a ter uma visão mais detalhada da jornada de consumo estabelecendo conexões através de apps e de tecnologias de identificação dos clientes que participam do programa de fidelidade quando entram na loja. Os varejistas precisam adquirir experiência na utilização destas tecnologias e ter a capacidade de interagir com os consumidores em tempo real.
Marketing irá mudar do foco nos devices para o foco nas pessoas
Este ano, serão intensificados os investimentos para acompanhar e entender como os consumidores trafegam por múltiplos devices, publishers e ambientes para consumir informação. Começaremos a assistir mais campanhas de marketing focadas nas pessoas e na compreensão das intenções dos consumidores no ciclo de compra.
Os anúncios se tornarão mais relevantes e menos intrusivos
Os anúncios invasivos, como pop-ups, overlays e pre-roll irão perder espaço este ano, principalmente no mobile. Os consumidores têm a expectativa de serem impactados por campanhas não intrusivas e conteúdos personalizados. Os Ad blockers irão acelerar o surgimento de novos formatos e os anunciantes que mudarem suas estratégias de marketing conquistarão maior engajamento e taxas de conversão mais elevadas.
Crescerá a oferta de serviços de entrega rápida
Este ano os lojistas deverão incrementar a oferta de serviços de entrega rápida para agradar os clientes e ser mais competitivos. O que deverá também impulsionar as compras on-line em lojas internacionais. Esta tendência levará os varejistas a realizar mais campanhas e promoções relâmpagos.