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“Para os trabalhadores da atividade, a continuidade da suspensão representa preocupação da Anatel somente com os aspectos técnicos, para os quais inclusive já houve solução, e descuido com os impactos sociais da medida”, diz o comunicado. Vivien Mello Suruagy, presidente do Sinstal e e vice-presidente do Sindicado das Empresas Prestadoras de Serviços de Tv por Assinatura e Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sitesp) e vice-presidente da Federação Brasileira de Telecomunicação (Febratel), que assina o comunicado, estima que a suspensão do Speedy, somente nesta semana, seja responsável pela dispensa de cerca de cinco mil funcionários de 8 a 10 empresas que prestam serviços para a Telefônica em todo o estado de SP, além da não contratação de cerca de 1.200 técnicos especializados.
“Sou a favor da multa, mas a interrupção dos serviços – já reparados – tem um custo social terrível, além de impactar economicamente diversos setores”, diz Vivien. As entidades que representa já tentaram, segundo ela, um diálogo sem sucesso com a Anatel e o Ministério das Comunicações. “Este último nos deixou 15 dias esperando pela primeira resposta. O governo federal precisa honrar com o conceito da empregabilidade que diz nortear a gestão Lula”, ressalta. A Anatel não determinou prazo para deliberar sobre a volta ou não do serviço, mesmo com a Telefônica tendo divulgado que já reparou a rede e os possíveis problemas técnicos que deixaram milhares de pessoas sem internet por três dias.