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Slogan associado às mensagens de marketing


Claudio Tomanini

Todos os dias, centenas de slogans surgem, de repente, diante de nossos olhos. São frases curtas que aparecem no pé dos anúncios, embaixo dos logotipos, e que se referem ao produto específico anunciado ou à empresa que o fabrica. Mas, quando os vemos assim, soltos, dificilmente conseguimos relacioná-los a alguma marca.

Quando se dá essa associação mental entre slogan e marca, ponto para a agência de propaganda. Isso porque existem frases que são fáceis de lembrar, mas a conexão com o fabricante já não é tão automática, por exemplo: “Os nossos japoneses são mais criativos que os japoneses dos outros” é da Sharp ou da Toshiba? Há ainda casos em que frases de empresas concorrentes poderiam mudar de uma para outra sem maiores comoções: “Movidos pela paixão” e “Emoção em movimento” são da Fiat e da Peugeot. Qual é de qual, é possível lembrar? Mas há casos em que o casamento é tão perfeito que dispensa até a marca: “Uma boa idéia”; “1001 utilidades”; “Vale por um bifinho”; “Abuse e use”.

Ao contrário do que possa parecer, a eficácia das mensagens de marketing não servem apenas para produtos ou empresas. Servem também para gente. Gente que estudou muito, que trabalha muito e é ambiciosa. Essa gente tem, entre outras coisas, um slogan, mesmo que ainda não tenha percebido isso. Nas empresas, não é difícil ouvir alguém dizer: “Se o Beltrano não resolver, ninguém resolve”. Isso quer dizer que o Beltrano leva uma razoável vantagem sobre os fulanos em geral, porque ele já tem o seu slogan.

Slogans pessoais podem até brotar espontaneamente. Na maioria dos casos, porém, eles devem ser criados e divulgados pelo próprio funcionário, como as agências fazem com os slogans das marcas.

Certa vez, durante uma avaliação de desempenho de um funcionário, eu e ele chegamos a um impasse. Ele dizia que já estava merecendo uma oportunidade de virar gerente por que era muito criativo. Eu não só não concordava como pensava exatamente o contrário. E como um não conseguia convencer o outro, resolvi pedir a três pessoas, que o conheciam bem, para me escrever frases curtas sobre ele. Pedi também que as frases fossem a favor dele, para evitar constrangimentos. Resultados: 1 – Não desiste fácil; 2 – Carrega dez planos; 3 – Uma cara de palavra; Ou seja, ele não era percebido como criativo pelo outros, mas como um bom operador. Não deixa de ser um mérito, sem dúvida, porém insuficiente para lhe garantir a tão desejada promoção.

Então, para voar alto na carreira, que tal fazer o teste do slogan? Pedindo a alguns colegas para escrever uma frase sobre você é possível saber se sua marca está sendo passada. Se os resultados forem disparados, é sinal de que você ainda não conseguiu deixar marcado o que considera ser o seu ponto forte. Se forem iguais entre si, mas diferentes do que você imaginava que seriam, está na hora de investir numa boa campanha de marketing pessoal. E se baterem com a sua autopercepção, parabéns: você já saiu na frente numa corrida, muito disputada, na direção do sucesso.

Claudio Tomanini, é palestrante, professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas e diretor-presidente da New Marketing.

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