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Storytelling contra guerra da atenção

Quantas mensagens você recebe por dia? Não apenas aquelas realmente direcionadas à você, mas vindas de spam, propagandas, comerciais, sites, etc. São tantas que chega a ser difícil contar. E quantas delas você presta atenção? Com certeza, não devem ser muitas. Apesar de isso não poder significar nada para as pessoas, para as empresas têm muita importância, pois a cada dia cresce a disputa entre elas pela audiência e espaço. Atualmente vivemos em uma guerra de atenção no meio varejista, como aponta Fabio Mattos, sócio da SOAP. “As pessoas são muito bombardeadas por comunicações diferentes, pelos mais diferentes veículos e quem vence essa guerra é quem consegue, inconsciente ou conscientemente, ter a atenção ou engajamento do público desejado”, declara.
Para conseguir sobreviver, então, a essa batalha, as empresas têm usado de álibi uma estratégia de marketing que permite, principalmente, tal aproximação desejada. “As pessoas se deram conta que o storytelling é uma arma poderosa para a fidelização do cliente”, adiciona o executivo. E, apesar de já ser uma técnica antiga – o ato de contar histórias existe desde que o mundo é mundo – , o atual sucesso do storytelling se dá por um maior amadurecimento das organizações, principalmente quando se trata em colocar o cliente em primeiro plano e entender o que ele necessita. “Elas começaram a perceber o poder da história para aumentar audiência de determinado público.”
Aliás, a própria mudança do público foi um fator determinante para esse avanço. Antigamente, com o mercado menos saturado, as indústrias e o varejo conseguiam mandar mais no público, fazendo com que consumissem aquilo que era exatamente produzido, uma vez que não havia falta de opção. Mas, hoje, é o cliente quem tem mais voz ativa e a ordem dos fatores alterou: é ele quem demanda aquilo que será colocado no mercado. Com tantas modificações, a comunicação obviamente não poderia ser a mesma, já que os negócios também tiveram de procurar novas formas de aproximação e é aí que entra o storytelling. “O grande pulo do gato dessa estratégia é a conexão emocional e o engajamento que uma história consegue promover”, analisa Mattos. Dessa forma, aquela que consegue contar uma história ao seu público também será aquela que conseguirá maior identificação por parte dele e consequentemente no seu maior consumo dos produtos e serviços que oferece.
Porém, não basta fazer com que o cliente sente e ouça uma história, pois uma mesma mensagem pode não servir para todos os perfis. Com isso, é essencial saber quem é o público-alvo que se deseja atingir e, principalmente, suas necessidades, para que sejam supridas por meio da história. “Quando tenho todas essas informações, aí sim eu tenho como criar uma comunicação efetiva”, afirma o especialista. E mais do que uma ferramenta de fidelização, o storytelling acaba por se tornar uma ajuda na gestão, já que traz uma consciência de quem é esse consumidor.
Acima de tudo, maturidade é o ponto mais importante desse projeto. Primeiramente, é preciso que a empresa tenha maturidade para perceber de que ela precisa do storytelling, pois tem a necessidade de engajar seu público. Em segundo lugar, maturidade para pedir ajuda de empresas e profissionais especializados no assunto, para que sua história seja contada da maneira mais efetiva. E, por último, consciência de que uma narrativa ficcional é diferente de um enredo mentiroso. “Por exemplo, a Coca-Cola cria propagandas com mundos de fantasia e o público sabe que aquilo é ficcional desde o começo da comunicação”, explica Mattos. “Agora, a mentira faz com que o cliente perca a credibilidade pela empresa e o pior, o respeito.”

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