Roberto Matsubayashi
Dentre todos os elos da cadeia de suprimentos certamente o varejo é o mais sensível no tocante às relações com os consumidores. Afinal, é nas lojas que as pessoas têm contato direto com os produtos e serviços agregados à comercialização. Assim, a satisfação de um comprador quanto aos itens que adquire depende muito de sua performance. Falhas recorrentes e frustrações quanto às mercadorias ou à falta delas podem comprometer não apenas o estabelecimento comercial como todas as operações relativas ao fluxo do abastecimento, desde a indústria, passando pelos atacadistas e distribuidores.
Paralelamente à capacitação e treinamento dos recursos humanos para atender bem, prestar serviços e encantar o consumidor, a eficácia do varejo está diretamente condicionada às tecnologias que habilitam a automação. Ela permite a racionalização dos processos, a eliminação de tarefas repetitivas e minimiza erros ao substituir controles manuais. Enfim, melhora o atendimento ao cliente interno e externo, graças à alta qualidade e rapidez nas operações.
As exigências nos dias de hoje para manter uma operação rentável requerem do comerciante a tomada de decisões imediatas, freqüentes, envolvendo grande número de produtos e altas somas. É essencial que, nessas condições, ele tenha informações precisas e instantâneas, sem o que é quase inviável manter o foco no negócio e ter o tempo adequado para assuntos estratégicos. Por exemplo, com o registro automatizado das vendas, a loja tem a possibilidade de identificar os produtos de maior giro e, por conseqüência, a preferência de seus clientes. Quais os produtos mais vendidos, em que época do ano, em que dia da semana?
Respostas a perguntas como essas são fundamentais para entender os hábitos de consumo, perceber rapidamente suas mudanças, ter sempre o mix mais adequado de mercadorias e, portanto, manter resultados positivos no volume de vendas. Esse precioso conjunto de dados, aliás, é igualmente importante para todos os parceiros da cadeia de suprimentos. O processo de automação, que agiliza a venda, reduz o tempo gasto nas compras e nas filas dos caixas, contribui, dessa maneira, para que o lojista obtenha lucros adicionais e fidelize seus clientes em conseqüência direta da melhoria da qualidade dos serviços prestados e do bom atendimento.
Isto tudo só é possível porque existe uma ferramenta com alto grau de eficiência. Seus elementos básicos são o código de barras padrão EAN.UCC (que identifica as mercadorias e garante a segurança no recebimento, controle de estoque e registro do cliente), leitores ópticos e equipamentos de automação para o ponto-de-venda. Com a identificação, o varejista também não precisa abrir as caixas de mercadorias recebidas, agilizando ainda mais o processo, pois, com a simples leitura do código, o sistema é capaz de entender com precisão que está contido nas embalagens. Os benefícios não param por aí, e o grande número de casos de sucesso é a prova de que investir em automação significa vantagem competitiva, eficiência e alta performance. Afinal, para manter o consumidor satisfeito, não só o varejista, mas também a indústria, os atacadistas e distribuidores precisam gerenciar os produtos eficientemente na cadeia de suprimentos.
Roberto Matsubayashi é gerente de Soluções de Negócios da GS1 Brasil.